A amamentação é crucial na maternidade, já que o leite materno é a primeira e mais completa fonte de alimento para o bebê, suprindo a todas as suas necessidades nutricionais. Por isso, órgãos de saúde sugerem que a amamentação se inicie na primeira hora de vida do bebê.
Nesse momento, o recém-nascido recebe anticorpos da mãe, que o protegem contra bactérias e vírus.
Venha entender a importância do leite materno e proporcionar suporte às mães durante essa fase mágica, que pode ser também desafiadora.
Benefícios da amamentação para o bebê e para a mãe
A amamentação é um dos momentos mais importantes na relação entre mãe e filho, pois fortalece o laço afetivo e traz uma série de vantagens para ambas as partes.
Para as mães, a amamentação ajuda o útero a voltar ao tamanho normal de forma mais rápida, o que pode diminuir o sangramento pós-parto e, assim, prevenir a anemia.
Pesquisas indicam que a amamentação está associada a um menor risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário, favorecendo a saúde a longo prazo.
Do lado do bebê, o leite materno é um alimento completo, fornecendo todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento saudável.
O leite materno protege o recém-nascido contra diversas doenças, contribuindo para um sistema imunológico mais forte.
O aleitamento materno também contribui para prevenir atrasos no desenvolvimento e problemas de fala, pois promove o crescimento correto da arcada dentária e dos músculos da boca.
Durante os primeiros seis meses de vida, apenas o leite materno é suficiente, dispensando água ou outros nutrientes.
Assim, a prática de amamentar é crucial para a saúde física e emocional da mãe e do bebê, criando um alicerce firme para o bem-estar de ambos.
Frequência da amamentação nos primeiros meses
A quantidade de mamadas muda conforme as necessidades do bebê, que tem um estômago pequeno que cresce rapidamente.
Deixar o bebê mamar conforme a necessidade auxilia na recuperação do peso inicial e no crescimento adequado.
Quantas vezes por dia um bebê precisa mamar?
Durante o dia, as mamadas podem acontecer a cada duas ou três horas, enquanto à noite podem ser mais espaçadas, chegando a quatro ou cinco horas.
É importante não comparar o padrão de amamentação do seu bebê com o de outros, já que cada um possui seu próprio ritmo.
Ao longo de cada sessão, permita que o bebê mame até se sentir satisfeito, oferecendo a outra mama depois, caso deseje.
Posições recomendadas para amamentar
Há quatro posições recomendadas para tornar a amamentação confortável e prazerosa tanto para a mãe quanto para o bebê.
A utilização de uma poltrona e almofadas é crucial para proporcionar apoio para as costas e braços. Durante a amamentação, o contato visual também fortalece a conexão entre eles.
As posições ideais para amamentar incluem:
1 – Tradicional: barriga com barriga, ideal para verificar a pega.
2 – Invertida: a cabeça do bebê é apoiada com as mãos, útil para mamas grandes.
3 – Cavaleiro: o bebê sentado sobre a coxa, bom para os que dormem enquanto se alimentam.
4 – Deitada: mãe de lado, com apoio no travesseiro, garantindo conforto e suporte.
Como saber se o bebê está mamando o suficiente?
É comum que mães se preocupem com a quantidade de leite que o bebê ingere, já que não conseguem ver quanto ele consome.
Quando o leite começa a fluir, o ritmo de sucção pode diminuir, e alguns bebês conseguem engolir o leite de maneira perceptível, enquanto outros não.
Os sinais de saciedade incluem a aparência relaxada do bebê após a amamentação e a quantidade de fraldas molhadas.
Um bebê bem alimentado tem pelo menos cinco fraldas molhadas e dois cocôs moles e amarelados por dia. Até a introdução de sólidos, o cocô deve apresentar uma aparência uniforme.
Dor durante a amamentação e como alivia?
É normal que a lactante sinta dor ao amamentar nos primeiros dias após o parto, período em que a mãe se adapta à nova rotina e à amamentação.
Contudo, se o incômodo continuar após essa etapa inicial, é essencial investigar a causa, que geralmente está relacionada à pega inadequada do bebê.
Ao longo da gestação, as mamas sofrem diversas transformações, preparando-se para a produção de leite. Depois do nascimento, o organismo começa a produzir o colostro, o primeiro leite materno, repleto de nutrientes e anticorpos.
Nos primeiros cinco dias, pode haver algum incômodo devido a essas mudanças, mas se a dor continuar, é importante investigar o que pode estar causando a dor.
Outros fatores podem contribuir para a dor ao amamentar, como:
- Ingurgitamento mamário;
- Mastite;
- Infecções nos mamilos;
- Dermatite.
O bebê pode confundir o seio materno com outros bicos, como o da chupeta, o que pode levar a uma sucção excessiva ou mordidas durante a amamentação, provocando dor.
Algumas medidas são eficazes para prevenir o desconforto:
- Pega correta;
- Ordenha manual;
- Amamentação em livre demanda;
- Sutiãs confortáveis;
- Manter os seios secos.
Se, mesmo tomando essas precauções, você ainda sentir dor ou notar lesões nos mamilos, é crucial buscar a assistência de um médico ou especialista em amamentação para receber o tratamento adequado e garantir uma experiência de amamentação saudável.
Sinais de alergia ou intolerância ao leite materno
Não existem registros de alergia ao leite materno, contudo, se a mãe consumir leite ou derivados lácteos, as proteínas podem ser transmitidas ao bebê através do leite, provocando reações alérgicas.
Isso acontece porque o organismo do bebê pode identificar essas proteínas como elementos estranhos.
Os sintomas de alergia ao leite podem aparecer rapidamente e incluem: urticária, inchaço e ardor na pele, diarreia, vômito, dores abdominais, tosse, chiado no peito, dificuldade para respirar, fezes com sangue, problemas respiratórios, asma e rinite.
É fundamental que os pais e responsáveis monitorem o comportamento da criança após a ingestão do leite, notando possíveis reações negativas.
Consultar um pediatra é fundamental para um diagnóstico preciso e orientações sobre a introdução de alimentos.
Duração recomendada da amamentação exclusiva
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a amamentação seja mantida até os dois anos ou mais, sendo que, nos primeiros seis meses, o bebê deve receber exclusivamente leite materno.
Isso significa que não há necessidade de oferecer sucos, chás, água ou outros alimentos nesse período. Quanto mais tempo o bebê mamar, mais benefícios tanto para ele quanto para a mãe.
Após os seis meses, a amamentação deve ser complementada com alimentos saudáveis e adequados à dieta familiar, mas a amamentação não deve ser interrompida.
Diferença entre amamentação e leite materno
Amamentação é o ato em que a mãe oferece diretamente seu seio ao bebê, mantendo-o no colo enquanto se alimenta.
Esse momento não se limita apenas à alimentação, ele tem um papel fundamental no fortalecimento do vínculo emocional entre mãe e filho.
A proximidade física, o contato visual e a troca de calor humano durante a amamentação criam um ambiente de proteção e carinho, fundamentais para o crescimento emocional e psicológico do bebê.
Além disso, a amamentação direta ajuda a garantir que o bebê receba todos os nutrientes e anticorpos contidos no leite materno, cruciais para a sua saúde.
Em contrapartida, o aleitamento materno engloba todas as formas de fornecer o leite materno ao bebê, incluindo a extração do leite, que pode ser oferecido de diversas formas, como em copinhos e colheres.
Esta estratégia é especialmente eficaz em diversos cenários, como quando a mãe precisa se ausentar temporariamente ou quando o bebê é prematuro e não consegue se alimentar diretamente.
O aleitamento materno permite que o bebê continue recebendo os benefícios do leite, mesmo quando a amamentação direta não é possível.
É importante ressaltar que, ao utilizar copinhos e colheres, a mãe evite mamadeiras e outros tipos de bicos, pois isso pode confundir o bebê e levar a um desmame antecipado.
A prática de amamentar no peito desenvolve habilidades de sucção e promove um padrão alimentar saudável.
As duas práticas são fundamentais para a saúde e o bem-estar do bebê e devem ser incentivadas sempre que possível, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento apropriados.