LEGO Além da Brincadeira: Um Aliado dos Pais e Educadores

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Quatro meninas pequenas brincam juntas em um ambiente interno, sentadas no chão em círculo, sorrindo e se divertindo enquanto constroem uma torre alta e colorida com blocos de LEGO

Brincar é, sem dúvida, uma das formas mais poderosas de aprendizado na infância. Entre os inúmeros brinquedos disponíveis, o LEGO se destaca como uma ferramenta essencial no desenvolvimento motor, cognitivo e criativo das crianças.

Para entender melhor os impactos do LEGO na coordenação motora e na criatividade das crianças de 1 a 3 anos, conversamos com a Dra. Karina Durce.

Nessa Parte 2 da entrevista, a Dra. Karina, fisioterapeuta Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento e explica aos pais e educadores como o LEGO pode contribuir para o fortalecimento da motricidade fina, estimular a criatividade e potencializar a resolução de problemas desde os primeiros anos de vida.

 

Tópicos mais procurados neste artigo

  • Como os pais podem escolher o tipo de LEGO mais adequado para cada fase do desenvolvimento infantil?

  • Quais aspectos são importantes na decisão de escolher qual LEGO oferecer à criança?

  • Que outras atividades podem complementar o uso do LEGO para fortalecer o desenvolvimento motor e cognitivo?

 

Entrevista com Karina Durce, Especialista em Motricidade Física

 

Dicas para Pais e Educadores

Como os pais podem escolher o tipo de LEGO mais adequado para cada fase do desenvolvimento infantil?

 A escolha do LEGO mais adequado deve considerar o nível de desenvolvimento motor e cognitivo da criança, mais do que simplesmente sua idade cronológica. A indicação etária sugerida pela própria marca pode ser um ponto de partida:

LEGO Duplo: recomendado para crianças entre 1 ano e meio e 5 anos.
LEGO Tradicional: indicado para crianças a partir dos 4 ou 5 anos.

Embora a faixa etária indicada na embalagem seja um bom parâmetro inicial, é essencial observar as habilidades motoras e cognitivas da criança. Por exemplo:

  • Se a criança já realiza movimentos de pinça com facilidade e demonstra interesse por desafios mais complexos, pode iniciar o uso do LEGO tradicional mesmo antes dos 5 anos.
  • Se ela ainda apresenta dificuldades na coordenação motora fina ou insegurança, o LEGO Duplo continua sendo uma excelente opção, mesmo após os 4 ou 5 anos.

Além disso, é fundamental lembrar que peças pequenas podem representar risco de engasgo para crianças abaixo da idade recomendada.

Tanto a LEGO Foundation (2020) quanto instituições pediátricas nacionais e internacionais reforçam a importância de brinquedos seguros e apropriados à faixa etária para promover um desenvolvimento saudável.

 

Quais aspectos são importantes na decisão de escolher qual LEGO oferecer à criança?

Um fator que podemos destacar é o nível de motivação. Crianças que demonstram interesse por construções mais detalhadas ou que gostam de seguir instruções podem se beneficiar do LEGO tradicional.

As que preferem construções livres e peças maiores podem continuar explorando o LEGO Duplo por mais tempo.

Considere também os benefícios educacionais, por exemplo, o LEGO Duplo é ideal para promover as habilidades iniciais de motricidade fina, coordenação óculo-manual, reconhecimento de cores e formas, além de introduzir noções de causa e efeito.

O LEGO tradicional potencializa habilidades mais refinadas de motricidade, promove o raciocínio lógico, a resolução de problemas e amplia a criatividade.
A escolha deve ser singular, respeitando a individualidade da criança e do contexto de estimulação.

Conjunto LEGO DUPLO com 10 peças, incluindo pinguins e leões, blocos coloridos e vegetação. A embalagem indica que o brinquedo é recomendado para crianças a partir de 2 anos.

Existe um tempo ideal de brincadeira com LEGO para crianças nessa faixa etária?

O tempo ideal de brincadeira varia de acordo com cada criança e sua faixa etária. Não há, até o momento, um consenso na literatura que estabeleça com total clareza um tempo mínimo ou máximo específico para atividades que estimulem a motricidade fina.

Esse tempo depende do interesse e da própria capacidade de atenção da criança, que varia de acordo com sua etapa de desenvolvimento. O ideal é respeitar o tempo da criança, sempre deixar disponível e incentivar brincadeiras que estimulem a criatividade e a manualidade.

Que outras atividades podem complementar o uso do LEGO para fortalecer o desenvolvimento motor e cognitivo?

Temos uma diversidade de atividades que podem complementar e potencializar o desenvolvimento motor e cognitivo da criança, como:

  • jogos de memória e quebra-cabeças, que favorecem a atenção, a concentração e o raciocínio lógico;
  • atividades de construção de histórias, que estimulam a linguagem e a criatividade (e pode associar ao LEGO criando os personagens ou objetos);
  • brincadeiras que desafiem a motricidade fina, como modelagem com massinha, pintura, alinhavos e outros brinquedos de encaixe.

Essas experiências ampliam o repertório motor e cognitivo da criança, promovendo um desenvolvimento integral e equilibrado.

Considerações da especialista

Com orientações adequadas, esse brinquedo pode se tornar um poderoso aliado no aprendizado e na exploração do mundo. Quer saber mais dicas, confira a Parte 2 da Entrevista aqui.

Mulher jovem com blazer bege e blusa branca com cabelos castanho claro e sorrindo

Fisioterapeuta

Dra. Karina Durce

Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós-graduada em Saúde da Mulher no Climatério pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Saúde Pública com ênfase no ESF pelo Centro Universitário São Camilo e em Práticas Pedagógicas e Inovação na Educação Superior. MBA em Gestão de Saúde Corporativa. Fisioterapeuta da Durce Vita Saúde Integrada e embaixadora Fisiovisionária.

Mulher negra sorrindo com cabelos cacheados e blusa com detalhes branco e amarelo

Escrito por

Gabriela Sucupira

Redatora bilíngue de língua inglesa, Especialista em Marketing pela USP/Esalq e bacharel em Letras pela UFRJ. Gabriela é carioca, Mãe da Rebeca, que atua como Consultora Textual e Personal Branding para o Linkedin.

Artigo escrito por

Gabriela Sucupira

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