Desenvolvimento do bebê: dicas e respostas da pediatra Dra. Maria Bahia

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mulher vestida de branco segurando um bebê recém nascido de roupa azul

Quando falamos sobre desenvolvimento do bebê, é super normal que, nós, mães e pais tenhamos muitas dúvidas e perguntas para fazer aquele pediatra que confiamos.

São dúvidas sobre alimentação, peso, cólicas, comunicação… E desde a primeira gargalhada, aos primeiros passos e as primeiras palavras, cada etapa é um grande acontecimento da vida do seu filho. 

Convidamos a pediatra Dra. Maria Bahia, formada pela Escola Bahiana de Medicina, para compartilhar conosco em uma série de artigos dicas e respostas para as perguntas mais comuns sobre desenvolvimento do bebê. 

Nosso objetivo é te ajudar a entender melhor as necessidades do seu bebê, garantindo que você tenha conhecimento e segurança a cada etapa da vida dele. 

 

1- Será que meu filho está mesmo comendo o suficiente ou eu estou exagerando?

É natural que os pais se preocupem com a alimentação dos filhos, mas é importante observar alguns sinais para avaliar se a quantidade de comida oferecida ao bebê está adequada. Preste atenção no comportamento da criança durante as refeições, como se ela demonstra saciedade, recusando a oferta do alimento ou continua irritada com fome. Também é importante verificar o peso e o crescimento da criança, pois isso pode indicar se ela está recebendo os nutrientes necessários e está bem nutrida. Caso tenha dúvidas, consulte um pediatra para avaliar a situação nutricional do seu filho de forma mais precisa.

 

2- A cólica do meu bebê é normal ou pode ser algo mais sério?

As cólicas são muito comuns em bebês e geralmente não representam um sinal de algo mais grave. Elas geralmente ocorrem durante os primeiros 3 meses de vida do bebê e são causadas pela imaturidade do sistema digestivo. No entanto, se a dor parecer intensa, persistente, ou se o bebê estiver apresentando outros sintomas preocupantes, como diarréia, diminuição do apetite e/ou hipoatividade, é importante consultar um pediatra para descartar problemas mais sérios, como infecções, alergias alimentares ou doenças intestinais. É sempre melhor ter a opinião de um profissional de saúde para garantir a segurança e saúde do seu bebê.

 

3- Meu bebê não dorme: será insônia ou apenas uma fase?

É importante entender que os bebês passam por diferentes fases de sono ao longo do seu desenvolvimento e é comum enfrentar dificuldades para dormir em determinados momentos. Por isso, é possível que a dificuldade do seu bebê em dormir seja apenas uma fase passageira.

No entanto, se essa dificuldade persistir por um longo período de tempo e estiver impactando negativamente o sono do bebê e da família, é importante procurar orientação de um médico pediatra ou de um especialista em sono infantil. Eles podem avaliar a criança e ajudar a identificar se há algum problema de saúde subjacente, como refluxo gastroesofágico, apneia do sono, alergias, cólicas, entre outros.

Além disso, é importante estabelecer uma rotina de sono, chamada também de higiene do sono, com dicas como (1) garantir que o bebê esteja confortável e tranquilo na hora de dormir, (2) criar um ambiente propício para o sono e evitar estimulantes antes de dormir, como telas de dispositivos eletrônicos. Com paciência e persistência, é possível ajudar o bebê a desenvolver hábitos saudáveis de sono.

bebê sem mostrar o rosto deitado numa cama
Foto de Kendra Wesley na Unsplash

4- Quando a febre é perigosa e merece correr para o pronto-socorro?

A febre é considerada alta quando atinge níveis muito altos, acima de 38,5°C, especialmente em bebês menores de 3 meses, crianças imunodeprimidas ou que apresentam outros sintomas graves, como falta de ar, convulsões, rigidez no pescoço, erupções cutâneas graves, dor abdominal intensa, vômito persistente, confusão mental, entre outros.

Se a febre estiver associada a outros sinais de alarme, é recomendável procurar o pronto-socorro para uma avaliação médica imediata. É importante não ignorar sinais de gravidade, pois a febre alta pode ser indicativa de uma infecção grave ou de outras condições médicas que requerem tratamento emergencial. Sempre que houver dúvidas ou temores, é melhor buscar orientação profissional.

 

5- Meu filho ainda não fala: é atraso no desenvolvimento ou só preguiça?

É importante observar que o desenvolvimento da linguagem varia de criança para criança, portanto, algumas crianças podem começar a falar mais tarde do que outras e isso não necessariamente indica um problema. No entanto, é sempre importante monitorar o desenvolvimento da linguagem do seu filho e buscar aconselhamento de um profissional da saúde, como um fonoaudiólogo e/ou neuropediatra, se você estiver preocupado com o atraso na fala do seu filho. Os profissionais de saúde podem avaliar se existe algum problema subjacente ou se é apenas uma questão de tempo até que seu filho comece a falar. Não é correto atribuir preguiça a uma criança que ainda não fala, pois a comunicação através da linguagem é um processo complexo que envolve diversos aspectos do desenvolvimento infantil.

 

Aqui no My Baby Care a gente sabe bem que o desenvolvimento do bebê é um processo cheio de dúvidas e bastante emocionante para todas as famílias. No entanto, com a orientação certa você vai passar por esses momentos com bastante confiança. 

Até o próximo artigo.

Entrevistada

Dra. Maria Bahia, formada pela Escola Bahiana de Medicina, é referência na área de Pediatria Geral e Nefrologia Pediátrica. E oferece atendimento humanizado para crianças e adolescentes em Salvador, Bahia. 

Escrito por

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto. @flaviaoliveiragalleti

Artigo escrito por

Flavia Oliveira

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