Descubra as respostas para perguntas que você sempre quis fazer a Pediatra.

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Descubra, nessa parte I, as respostas para as principais dúvidas dos pais sobre a saúde e o bem-estar dos seus filhos. Desde que nos tornamos cuidadores, pais e mães, iniciamos uma jornada cheia de alegrias e desafios. Do nascimento à adolescência, os pais têm muitas dúvidas sobre como cuidar melhor dos seus filhos. 

Para ajudar a esclarecer essas dúvidas, entrevistamos a médica pediatra Dra.Luiza Gramiscelli, com as 12 perguntas mais frequentes que os pais fazem aos pediatras, com respostas claras e precisas, divididas em Parte I e Parte II.

A Dra Luiza, atende em seu consultório em Belo Horizonte e também online, por todo Brasil e em países como Malta, Alemanha etc. Nesta matéria, você encontrará orientações valiosas sobre desenvolvimento, comportamento, vacinas, alimentação e muito mais, para que você possa cuidar do seu filho com confiança e segurança.

Neste post você vai ver orientações sobre:

      • Desenvolvimento
      • Comportamento
      • Vacinas
      • Alimentação
      • E muito mais

    1.Qual é a melhor forma de prevenir doenças comuns na infância?

    A melhor forma de prevenir doenças comuns na infância é manter as vacinas em dia, garantir uma alimentação balanceada (o tal prato colorido) e incentivar o movimento e atividade física. Gosto de brincar com a importância de vitamina S (sujeira) e vitamina N (natureza): a tentativa de criar seu filho em uma “bolha” evitando ao máximo o contato com outras crianças e ambientes, ao contrário do que muitos pensam, é extremamente prejudicial.

    Além disso, é importante ter visitas regulares ao pediatra para acompanhar o desenvolvimento da criança e detectar problemas de saúde precocemente.

    2.Como posso promover um desenvolvimento saudável em meu filho?

    Enquanto bebê, incentive momentos no chão, leia para ele e garanta um ambiente seguro que ele possa explorar.

    Além disso, é interessante manter uma rotina, com horários para sono, alimentação e brincadeiras. 

    Estimule a curiosidade da criança e dê oportunidades para que ela seja criativa (você não precisa preencher todos os espaços de tempo com atividade, o tédio é necessário e importante). 

    Forneça um ambiente seguro e amoroso, onde a criança se sinta apoiada e ouvida.

    3.Quais são os sinais de alerta para doenças graves em crianças?

    Os principais sinais de alerta são:

    -Febre alta, acima de 39ºC (que não reduz com antitérmicos). Obs.: se seu filho tem menos de 3 meses, toda febre requer avaliação médica;

    -Dificuldade para respirar;

    -Sonolência excessiva;

    ⁠-Recusa total a se alimentar (é esperada uma redução da aceitação de dieta quando se está doente);

    -Vômitos que não melhoram após o uso de antiemético;

    -Sinais de desidratação: boca seca, choro sem lágrimas, fralda seca por longos períodos;

    -Aparecimento espontâneo de manchas roxas na pele;

    -Abatimento importante sem febre (é esperado uma moleza durante picos febris, mas a criança deve ficar mais animada quando a temperatura baixar. Se isso não ocorrer, procure atendimento médico).

     

    Foto de Bermix Studio na Unsplash

     

    4.Dra.Luiza, Como devo lidar com problemas de comportamento em meu filho?

    O primeiro passo é entender que birras não são uma tentativa de manipulação ou sinal de mau-criação. A maturidade neurológica só ocorre por volta dos 25 anos de idade, então ao serem contrariados, é comum que “explosões emocionais” ocorram. Seu filho ainda não sabe se acalmar sozinho e geralmente precisará da sua ajuda. 

    -Ajoelhe-se para que seu rosto fique no nível de seu filho;

    -Converse com ele em voz tranquila;

    -Sugira contarem juntos até 10 ou a respirarem profundamente juntos. Não é hora de dar um sermão ou de tentar racionalizar. 

    -Após acalmá-lo, explique o porquê de não ter concordado com determinada atitude ou não ter feito o que ele queria.

    Acolher a birra não é sobre ceder, mas sobre dar exemplo e ensinar. Não adianta querer que a criança não grite se você gritar com ela.

    Seja firme, mas também acolhedor, estabelecendo limites claros e consistentes. Elogie comportamentos positivos.

    Uma abordagem compassiva e um ambiente de apoio são a base

    Acolher a birra não é sobre ceder, mas sobre dar exemplo e ensinar. Não adianta querer que a criança não grite se você gritar com ela.

    5.Quais são as recomendações para a alimentação saudável de meu filho?

     

    -Ofereça alimentos in natura ou minimamente processados: priorize frutas, legumes, verduras e proteínas;

    ⁠-Evite alimentos ultraprocessados: “descasque mais, desembale menos”;

    -Variedade é muito importante: ofereça uma grande diversidade de alimentos para garantir todos os nutrientes necessários;

    -Comam em família e seja exemplo de qualidade e variedade – não adianta querer que seu filho se alimente de forma saudável se você não come bem também;

    -Cuidado com o açúcar e o sal: idealmente nada de sal até 1 ano de idade e não ofereça açúcar até, pelo menos, os 2 anos;

    “Água sempre, suco às vezes, refrigerante nunca”: ao contrário do que muitos pensam, o suco, mesmo natural, não deve fazer parte da rotina alimentar. Mesmo os sucos naturais não adoçados artificialmente fornecem muito açúcar (proveniente da própria fruta) com retirada da fibra que traria saciedade.

     

    Acompanhe também a PARTE II.

    Médica Pediatra

    Dra Luiza Gramiscelli

    A Dra Luiza, atende em seu consultório em Belo Horizonte e também online com pacientes em diferentes lugares do mundo. Acompanhe a Dra Luiza Gramiscelli nas redes sociais, @dralupediatra. 

    Artigo escrito por

    Flavia Oliveira

    Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

    Artigo escrito por

    Rondy

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