Vacinação infantil: orientações e cuidados da pediatra e mãe Luiza Gramiscelli

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mulher branca vestindo jaleco branco, aparece sorriindo em frente a uma criança pequena de costas. O fundo é claro, um tom bege claro

Pediatra e mãe, a Dra. Luiza Gramiscelli explica a importância da vacinação infantil para proteger a saúde das crianças!

A vacinação infantil é uma das maiores conquistas da medicina moderna e também uma das formas mais eficazes de garantir uma infância saudável. 

Ela é responsável por proteger nossas crianças contra doenças, representando cuidado, prevenção e compromisso com o futuro delas. Entre tantas informações e recomendações, é comum que pais e mães tenham dúvidas sobre o calendário vacinal, os efeitos das vacinas e o que fazer em casos de atraso nas doses.

Por isso, para esclarecer essas questões e reforçar a importância de manter a vacinação em dia, conversamos com a Dra. Luiza  Gramiscelli, médica pediatra formada pela UFSJ, com residência pelo Hospital Santa Marcelina, em São Paulo. 

Com experiência em pronto-atendimento, internação hospitalar e preceptoria de residentes, ela hoje se dedica ao consultório — atendendo presencialmente e por teleconsulta — e acompanha famílias de todo o mundo em suas jornadas pela saúde infantil.

Entrevista com a Dra. Luiza Gramiscelli sobre a vacinação infantil 

Dra., quais vacinas meu filho precisa tomar em cada idade?

O calendário de vacinas varia conforme o país, e mesmo dentro do Brasil pode haver diferenças entre o calendário do SUS (PNI) e o das sociedades médicas, como a SBIm. 

De forma geral, os primeiros meses de vida incluem vacinas contra hepatite B, tuberculose (BCG), difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, pneumococo, meningites e rotavírus, entre outras. Novas doses e reforços são aplicados ao longo da infância.

Mas não é preciso decorar todas! Famílias que fazem acompanhamento regular com o pediatra são orientadas em cada consulta sobre as vacinas indicadas para a idade.

Quais são os efeitos colaterais mais comuns das vacinas?

Os efeitos colaterais mais comuns são dor, vermelhidão ou inchaço no local da aplicação, além de febre baixa e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 horas. Essas reações costumam ser leves e passageiras, e indicam que o corpo está respondendo à vacina e criando proteção.

Posso vacinar meu filho se ele estiver com febre ou resfriado?

A febre é a única situação em que se recomenda adiar a vacinação infantil. É importante esperar pelo menos 48 horas sem febre antes de aplicar as vacinas. Já sintomas leves, como nariz escorrendo ou tosse leve, não impedem a vacinação e não devem ser motivo para adiar. 

Manter o calendário em dia é essencial para garantir a proteção da criança.

Quantas doses são necessárias para cada vacina?

Isso varia de acordo com cada vacina. Nos primeiros meses de vida, o bebê ainda tem o sistema imunológico imaturo, por isso algumas vacinas precisam de mais de uma dose para garantir uma proteção duradoura.

Com o crescimento e o fortalecimento do sistema de defesa, o número de doses costuma diminuir, sendo necessárias apenas doses de reforço em algumas fases da infância.

É seguro combinar várias vacinas na mesma visita?

Sim, é seguro e recomendado aplicar mais de uma vacina na mesma consulta. Isso não sobrecarrega o sistema imunológico e ajuda a manter o calendário em dia.

A única exceção é para vacinas de vírus vivos atenuados, como a tríplice viral (ou tetraviral) e a febre amarela, que não devem ser aplicadas no mesmo dia em crianças menores de 2 anos, pois isso pode reduzir a eficácia da proteção.

Por que algumas vacinas não são oferecidas gratuitamente?

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do SUS, é voltado à saúde pública e coletiva, ou seja, à proteção da população como um todo. As vacinas oferecidas gratuitamente são aquelas que trazem maior impacto coletivo, ajudando a controlar e eliminar doenças que representam risco à comunidade.

Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaboram calendários com foco na saúde individual, considerando as melhores opções de proteção para cada pessoa, mesmo que o benefício coletivo seja menor.

Essa diferença é comum em vários países: os programas públicos seguem critérios de saúde populacional e custo-benefício, enquanto as sociedades médicas recomendam o que há de mais completo para a proteção individual.

Quanto tempo leva para a vacinação infantil começar a proteger meu filho?

Após a vacinação, o organismo leva cerca de duas semanas para produzir anticorpos suficientes e oferecer proteção.

Meu filho perdeu uma dose, o que devo fazer?

Não se preocupe: uma dose recebida é sempre válida. O atraso não anula as vacinas que a criança já recebeu, mas é importante colocar em dia as doses atrasadas o quanto antes para manter a proteção completa.

Algumas vacinas, como rotavírus e BCG, têm limite de idade para aplicação, por isso é importante conversar com o pediatra rapidamente para garantir que todas as doses sejam aplicadas corretamente.

 

Vacinar é cuidar da saúde infantil e preservar o presente e futuro!

A vacinação infantil faz parte do cuidado cotidiano que sustenta a saúde pública. É um compromisso que começa dentro de casa, mas que se estende para toda a comunidade local.

Na rotina do consultório, a Dra. Luiza  Gramiscelli observa que a dúvida dos pais raramente está na eficácia da vacina, mas na avalanche de informações contraditórias que circulam fora dali. É por isso que o diálogo entre médicos e famílias continua sendo tão necessário e importante nos tempos atuais.

 

 

Acompanhe outras entrevistas com a Dra. Luiza. Acesse 

Médica Pediatra

A Dra Luiza, atende em seu consultório em Belo Horizonte e também online com pacientes em diferentes lugares do mundo. Acompanhe a Dra Luiza Gramiscelli nas redes sociais, @dralupediatra. 

Logo do mybabycare, passarinho saindo do ninho.

Escrito pela equipe

My Baby Care

O Mybabycare é um portal, um espaço seguro para trocar experiências com pais, futuros pais e especialistas. Aqui, ninguém caminha sozinho.

Artigo escrito por

Lidiele Moura

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