8 Dicas Para Dividir Atenção Entre os Filhos na Ótica de uma Mãe de 5 II

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família de casal com três filhos de mãos dadas no campo. o céu está azul e claro. Menino mais velho em primeiro lugar de cabelo castanho claro e roupa azul escura. logo atrás vem o irmão do meio com as mesmas caracteristicas mas mais novo. Este dá a mão à mâe, loira de cabelos compridos com um vestido florido vermelho e chapeu castanho. Esta dá a mão para o esposo em último lugar de cabelo castanho escuro, jaqueta jeans e calças jeans segurando o bebe mais novo no colo.

Esta é a Parte II do passo-a-passo prático para pais de famílias numerosas gerirem a atenção entre os filhos de forma harmoniosa. O artigo completo é constituído por: Parte I, parte II e parte III.

4. Como ensinar meus filhos a respeitarem o espaço e as necessidades uns dos outros?

 

Empatia

 

Toda criança (e adulto) é movida pelas emoções. Compreendem, conforme crescem, que estas têm nomes e que todo ser humano também passa pelo mesmo. Este entendimento é naturalmente adquirido enquanto brincam e se relacionam. Podemos promovê-lo desde cedo, com conversas e gestos que vão de encontro a esta empatia.

A empatia também pode ser trabalhada pelos pais e quanto mais cedo, melhor. A forma como intervimos nos conflitos é essencial para tal – presença de qualidade, ouvir e resolver de forma justa – esta consistência irá moldar a percepção dos filhos sobre a realidade, irão entender que fazem parte de um todo e que somos todos feitos essencialmente do mesmo. Esta noção base já será suficiente para guiá-los ao respeito mútuo e às necessidades dos outros.

 

Espaço individual

 

Sobre o espaço, deixo o que praticamos em nossa família como sugestão:

Aqui em casa os irmãos dormem juntos mas faço questão que cada criança tenha a sua mesa de cabeceira com suas gavetas, onde guardam os pertences pessoais. Também têm uma caixa onde cada um guarda os seus brinquedos. 

Todos entendem que algumas coisas pertencem só a uns, e que precisam de permissão para usar. O dono pode permitir ou não, e como desde cedo é trabalhada a empatia, sugerimos sempre a bondade (imaginar como a outra pessoa se sente) mas não a impomos. Às vezes emprestam, outras não. E tudo bem, o outro tenta entender o que é estar na posição do irmão. Entendem-se sempre? Também não. É um aprendizado, mas na maioria das vezes, sim, respeita-se a decisão. Esta gestão, deixamos ao encargo total dos nossos filhos. 

5. Quais estratégias posso usar para que todos se sintam incluídos nas atividades familiares?

 

Refeição à mesa

 

Por vezes, procuramos por soluções novas e instantâneas mas as soluções que perduraram por gerações, só perduraram porque realmente funcionam. Uma delas é o hábito da refeição à mesa.

Todos presentes, sentados, sem dispositivos e atentos uns aos outros. É neste momento que cada um tem o seu espaço para falar e ser ouvido. É onde, apesar das idades e diferenças, mantém-se uma mesma conversa entre todos. Evita-se aproveitar para resolver conflitos, que o bom ambiente fale mais alto e os pais têm sempre o olho atento para que todos tenham o seu espaço. 

Se for realizado, inegociavelmente, todos os dias desta forma, toda a dinâmica da família em outras atividades familiares terão esta conduta de atenção individual mútua.

Temos vivido isto em nosso lar e os resultados são surpreendentes.

 

Conversa particular

 

Antes de dormir é, também, um excelente momento para sentar com cada um: olhar nos olhos e ter uma pequena conversa, se sentir que precisam.

Um olhar atento e presente dos pais, vai sempre detectar se precisa dar mais atenção a algum filho em particular e este é um momento propício para fechar o dia com uma boa conexão pessoal. 

 

Comunicação entre o casal

 

As conversas reflexivas entre cônjuges a priori também auxiliam este olhar atento que vai se tornando mais eficaz com o passar do tempo.

mulher com o cabelo castanho escuro com cumprimento médio, vestida de amarelo com brincos compridos amarelos, corrente dourada sob o fundo neutro (muro bege texturizado). Ela sorri, contente.

Escrito por

Mariana Ribeiro

Mãe de cinco filhos em ensino doméstico. Apaixonada por filosofia, psicologia e educação. Estuda e escreve sobre família e desenvolvimento humano. @Marianaparaizoribeiro

Artigo escrito por

Mariana Ribeiro

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