Dicas de uma nutricionista para melhorar a disposição das crianças

Entre todos os cuidados com os filhos, a alimentação é um tema de destaque, pois dependendo dos hábitos alimentares, as crianças serão mais dispostas, atentas e saudáveis ou poderão apresentar problemas de saúde relacionados ao excesso de peso ou à desnutrição, por exemplo.

Convidamos a Nutricionista Andreia Sant’anna, especialista em Nutrição Clínica e Saúde da Mulher para explicar como é possível identificar se as crianças estão recebendo todos os nutrientes necessários de acordo com a faixa etária.

A especialista também fala sobre as consequências da ingestão dos alimentos processados na saúde e a importância de controlar o consumo de açúcar.

Confira o texto na íntegra e coloque as dicas em prática!

Como posso saber se meu filho está recebendo todos os nutrientes que ele precisa?

Observe o crescimento, o peso e a altura que são indicadores importantes de uma boa nutrição. Se ele estiver crescendo conforme as curvas de crescimento da idade, é um bom sinal.

Note os sinais físicos. Alguns sinais podem indicar deficiências nutricionais, como:

  • Cansaço excessivo: pode indicar falta de ferro.
  • Pele seca ou queda de cabelo: possível deficiência de vitamina A, zinco ou ácidos graxos.
  • Baixa imunidade: falta de vitaminas C, D ou zinco.

Se seu filho esta na fase de Introdução Alimentar, temos seis passos simples.

Meu filho tem sobrepeso ou abaixo do peso, o que devo fazer?

Consulte um pediatra ou nutricionista para confirmar o diagnóstico. Muitas vezes, os pais podem subestimar ou superestimar o peso da criança. O médico ou nutricionista irá avaliar:

  • Peso, altura e IMC (Índice de Massa Corporal) apropriados para a idade.
  • Curvas de crescimento (comparando o desenvolvimento ao longo do tempo).
  • Fatores genéticos, hábitos alimentares e rotina de atividade física.
  • O suporte de profissionais e o monitoramento do crescimento são essenciais para garantir que as estratégias estejam funcionando.

Quais são os impactos dos alimentos processados na saúde das crianças?

Alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, biscoitos recheados e refrigerantes, são ricos em calorias vazias (alto teor de açúcar, gordura e sal), o que pode levar ao ganho de peso.

Esses alimentos muitas vezes têm baixo teor de fibras e proteínas, o que dificulta a saciedade e incentiva o consumo excessivo.

O excesso de açúcar adicionado pode aumentar os níveis de glicose no sangue e leva à resistência à insulina. Altos teores de sódio em snacks, molhos prontos e fast food podem elevar a pressão arterial desde cedo.

Os hábitos alimentares adquiridos na infância tendem a se estender para a vida adulta. O consumo exagerado de processados na infância está ligado a maiores riscos de doenças cardíacas, câncer e outras condições crônicas na vida adulta.

braços e mãos de uma mulher branca digitando em um notebook, em cima de um local branco, com verduras do seu lado direito e uma maça verde em cima de prancheta com papeis e um estetoscópio em volta
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Devo preocupar-me com o consumo de açúcar pelo meu filho?

Sim, é importante estar atento ao consumo de açúcar, pois o excesso pode trazer vários impactos negativos para a saúde, tanto a curto quanto a longo prazo.

Embora o açúcar natural presente em frutas e laticínios seja parte de uma alimentação saudável, o problema está no açúcar adicionado em alimentos e bebidas processados.

Risco de obesidade infantil. O excesso de açúcar contribui para o aumento de peso, especialmente porque está presente em alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos e doces. Esses alimentos são altamente calóricos e pobres em nutrientes, o que dificulta o controle do apetite.

Açúcares refinados causam picos rápidos de energia seguidos de quedas bruscas, o que pode deixar a criança irritada, cansada ou até com dificuldades de concentração.

O consumo excessivo de açúcar pode levar à resistência à insulina, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Meu filho tem intestino preso. O que posso fazer para melhorar o trânsito intestinal dele?

Algumas recomendações são:

  • Aumentar o consumo de fibras que ajudam a formar o bolo fecal e a estimular os movimentos do intestino;

  • Oferecer bastante água para o intestino funcionar adequadamente.

Como a alimentação pode influenciar o comportamento e o desempenho escolar do meu filho?

A alimentação tem um impacto direto no comportamento, aprendizado e desempenho escolar das crianças. O cérebro infantil está em desenvolvimento e precisa de nutrientes adequados para funcionar bem.

Esse órgão depende da glicose como principal fonte de energia. Alimentos ricos em carboidratos complexos (como pães integrais, arroz integral e aveia) liberam glicose de forma gradual, fornecendo energia constante ao longo do dia.

Já alimentos ricos em açúcar refinado, como doces e refrigerantes, causam picos rápidos de energia seguidos de quedas, levando ao cansaço e à dificuldade de concentração.

Dietas ricas em ultraprocessados, com excesso de açúcar, gorduras trans e aditivos, podem estar associadas a alterações no humor, como irritabilidade e ansiedade.

Alimentos ricos em triptofano, como banana, ovos e abacate, ajudam na produção de serotonina, um neurotransmissor que melhora o humor e promove bem-estar.

Sabe-se que a alimentação da família influencia os hábitos das crianças, como fazer para que todos tenham uma alimentação equilibrada?

As crianças aprendem pelo que veem. Se os adultos da casa comem frutas, legumes e evitam alimentos ultraprocessados, elas tendem a seguir esse padrão naturalmente. Sugiro algumas dicas práticas para uma alimentação equilibrada em família:

  • Troque sucos industrializados por suco natural ou água saborizada;
  • Use farinhas mais nutritivas (como aveia) em receitas;
  • Substitua frituras por preparações assadas ou grelhadas;
  • Tenha frutas lavadas e cortadas na geladeira para facilitar o consumo;
  • Deixe castanhas, iogurte natural, frutas e outros snacks saudáveis ao alcance das crianças;
  • Deixe que elas participem das compras e escolham frutas e verduras;
  • Mantenha horários regulares para as refeições;
  • Incentive refeições à mesa, sem distrações como TV ou celular.
  • reduza a oferta de ultraprocessados, proibir certos alimentos, podem gerar ainda mais desejo.

Para mais dicas de nutrição, basta seguir meu perfil @andreiasantannanutri.

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Mulher branca de cabelo comprido castanho vestindo um jaleco branco

Nutricionista

Andreia Sant'Anna

Nutricionista com pós-graduação em Nutrição Clínica e Saúde da Mulher. Atua com foco em emagrecimento saudável, menopausa e lipedema. 

Mulher negra sorrindo com cabelos cacheados e blusa com detalhes branco e amarelo

Escrito por

Gabi Sucupira

Redatora bilíngue, bacharel em Letras pela UFRJ e Especialista em Marketing pela USP/Esalq. Carioca, mãe da Rebeca e consultora textual para o Linkedin.

Gravidez saudável: A importância da alimentação adequada

Comer de forma saudável durante a gestação contribui para o bom desenvolvimento fetal, a saúde e o bem-estar da gestante.   

A alimentação saudável é importante em todas as fases da vida. Ao longo da gravidez, a mulher, além de nutrir seu próprio corpo, também está alimentando uma nova vida que se desenvolve.  

A alimentação é um dos principais fatores de risco para a maior parte das complicações de doenças metabólicas. Durante a gravidez, não é diferente.  

Isso não só promove o desenvolvimento saudável do bebê, mas também garante que a mãe possua nutrientes importantes para o pós-parto, beneficiando a amamentação e o fortalecimento do sistema imunológico do bebê. 

Durante a gestação, as mudanças físicas exigem adaptações na rotina alimentar, e as gestantes têm necessidades nutricionais específicas.   

É essencial que a dieta da gestante seja equilibrada e supervisionada por nutricionistas e obstetras, garantindo escolhas alimentares adequadas e atendendo suas necessidades nutricionais. 

5 alimentos essenciais para uma gestação saudável 

1. Proteína

Este nutriente contribui para a formação de suas estruturas corporais do seu bebê. Por isso, as gestantes precisam aumentar a ingestão de proteínas em sua alimentação.   

Alimentos ricos em proteína como: peixes, carnes, ovos, frango, feijões (como soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha) e laticínios, como leite, queijo e iogurte.   

2. Fibras: 

Durante a gestação, muitas mulheres podem enfrentar problemas de intestino lento, o que torna a ingestão de fibras fundamental.   

As fibras ajudam a regular o funcionamento intestinal e a prevenir a constipação. Para garantir uma boa ingestão de fibras, é recomendado incluir na alimentação cereais integrais, aveia, frutas, vegetais e folhas em saladas.   

Legumes como cenoura, beterraba, chuchu e abobrinha também são ricas em fibra, auxiliando na saúde do sistema digestivo da mulher grávida. 

3. Carboidrato

Os carboidratos fornecem a principal fonte de energia necessária para o desenvolvimento do bebê. É importante consumir esses alimentos de forma controlada. 

Boas opções de carboidratos incluem: milho, batata, mandioca, inhame, cará, pães integrais, bolos caseiros, aveia, além de frutas e legumes como cenoura e beterraba.  

4. Ácido fólico 

É um nutriente crucial durante a gestação, especialmente para a formação do sistema nervoso central do bebê, sendo mais importante nos primeiros meses de gravidez.  

Para garantir uma ingestão desse nutriente, é recomendado consumir leguminosas como: feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, além de ovos e vísceras como fígado.  

A ingestão suficiente de ácido fólico ajuda a prevenir malformações e promove um desenvolvimento saudável do bebê. 

5. Cálcio

O cálcio é importante para a formação dos ossos e dentes do bebê, além de ajudar na coagulação do sangue e na função muscular.  

Fontes de cálcio incluem laticínios como: leite, queijo e iogurte, além de vegetais folhosos verdes, tofu e sardinha.  

Outros alimentos que também contêm cálcio incluem: vegetais verdes escuros, como brócolis, rúcula e chicória.  

O gergelim também é uma boa fonte de cálcio; por exemplo, ao adicionar gergelim a uma salada de folhas escuras, como brócolis ou couve.  

Preparamos uma lista de alimentos que você deve evitar no pós-parto 

  1. Açúcar e doces em excesso 
  2. Bebidas alcoólicas 
  3. Refrigerantes em geral 
  4. Café 
  5. Chás com cafeína 
  6. Diuréticos ou termogênicos 
  7. Alimentos processados 
  8. Alimentos picantes e condimentos em excesso 
  9. Alimentos com alto teor de gordura 
  10. Alimentos crus 
  11. Frituras e fast-food   

Alimentos para melhorar a amamentação 

Imagem no colo para cima de mulher branca de cabelos cacheados, segurando uma metade de laranja em cada mao na altura dos olhos.

  • Água: A hidratação é essencial para a produção de leite.  
  • Cálcio; 
  • Ferro; 
  • Vitamina C: Tem um papel crucial na absorção de ferro, além de reforçar o sistema imunológico. Frutas cítricas como laranjas e limões, juntamente com folhas verdes escuras, constituem uma rica fonte dessa vitamina. 
  • Vitaminas do Complexo B: Essas vitaminas são essenciais para a energia e o bem-estar. Peixes como salmão e atum, além de grãos integrais como arroz integral e quinoa, são ótimas opções para garantir a ingestão correta dessas vitaminas. 

A influência da alimentação materna 

Pesquisas indicam que uma alimentação variada durante a gestação e a lactação pode impactar os gostos dos bebês, uma vez que os sabores dos alimentos consumidos pela mãe passam para o líquido amniótico e o leite materno.   

Isso pode facilitar a aceitação de novos alimentos durante a introdução alimentar, tornando os bebês mais receptivos a frutas, vegetais e especiarias.  

Uma dieta balanceada, além de influenciar as escolhas alimentares também garante que o leite materno seja nutritivo, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê.  

Assim, as escolhas alimentares da mãe não apenas beneficiam sua saúde, como também estabelecem as bases para hábitos alimentares saudáveis no futuro.   

Essa conexão é fundamental para promover uma relação positiva com a alimentação desde os primeiros anos de vida. 

Como a nutrição pode impactar na saúde mental da mãe? 

A alimentação da mãe após o nascimento do bebê desempenha um papel crucial na recuperação física e emocional após a gravidez e o parto.   

Uma dieta equilibrada não só auxilia na regeneração do corpo, mas também contribui significativamente para o bem-estar geral da mãe.   

Além disso, uma nutrição correta pode diminuir o risco de transtornos mentais, como a depressão pós-parto, proporcionando suporte emocional durante essa fase desafiadora. 

A importância da alimentação saudável no pós-parto 

Para garantir uma recuperação saudável, é essencial buscar orientação profissional. Consulte médicos e nutricionistas para fazer escolhas informadas sobre sua alimentação após o parto, considerando as particularidades de cada mãe.  

Priorize a hidratação. Beber bastante água é crucial para o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê, e essa necessidade não deve ser subestimada.  

Manter-se bem hidratada, previne constipação conforme entrevista com o Dr Frederico Coloproctologista,  também ajuda na recuperação e na produção de leite, contribuindo para uma experiência mais saudável durante esse período tão especial. 

Edição geral de Rondy Cavulla e escrito pela equipe


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