Criança e astrologia: como usar o mapa astral na educação do seu filho

O mapa astral é uma uma fotografia do céu no exato momento do nascimento e compreende 12 casas, cada uma simbolizando uma área da vida, como identidade, espiritualidade, carreira… Além disso, o mapa astral revela muito sobre o seu filho, incluindo seus pontos fortes, desafios e como ele se relaciona com os outros. 

Em outras palavras, estudar o mapa astral das nossas crianças permite que os pais compreendam o temperamento, personalidade e necessidades. É sobre isso que iremos falar com a nossa entrevistada, a astróloga, Fhove do Amor. 

1 – Como você se tornou uma astróloga?

Minha trajetória começou em 2015, quando decidi me mudar do Brasil para Sydney. Não foi apenas uma mudança de país, foi um salto no desconhecido, buscando algo com mais significado e conexão com algo maior. Naquela época, eu me sentia perdida profissionalmente, sem realização, mas havia uma inquietação interna que me empurrava a questionar tudo e buscar respostas.

Em 2016, durante meu Retorno de Saturno, comprei um deck de tarot sem grandes expectativas. Foi um gesto simples, mas acabou abrindo portas para um universo totalmente novo. O tarot me levou ao estudo da astrologia, da psicologia profunda e de filosofias orientais. Aos poucos, isso deixou de ser apenas uma pesquisa pessoal para se tornar uma vocação. Entre 2017 e 2019, mergulhei em cursos, leituras, consultas com mentores e práticas de meditação e yoga. Foi um período intenso de aprendizado e autoconhecimento.

Só em 2020 decidi assumir a astrologia e o tarot como profissão. Desde então, meu trabalho é resultado de estudo, prática e experiência de vida. A maternidade também entrou nesse laboratório, me ensinando paciência, adaptação e compreensão da complexidade humana. Hoje, meu objetivo é ajudar as pessoas a se reconectarem com sua essência e a encontrarem clareza e propósito em suas vidas.

2 – Qual é a sua abordagem em uma consulta de astrologia?

Minha abordagem é moderna, evolucionária e simbólica. Cada mapa é como uma história da alma, mostrando talentos, desafios e padrões que precisam ser integrados. Não é sobre prever o futuro ou rotular alguém. Por exemplo, se alguém tem Marte em Gêmeos, não é só “você se comunica de forma impulsiva”, mas sim que essa energia pede ação através da comunicação, debates e trocas de ideias. Ou se alguém tem Lua em Escorpião, pode sentir emoções muito profundas, e juntas podemos transformar essa intensidade em autoconhecimento e criatividade.

Eu busco criar um espaço seguro e acolhedor, onde a pessoa consiga enxergar padrões antes invisíveis. Pais, por exemplo, muitas vezes descobrem por que certos desafios com os filhos se repetem ou quais talentos precisam ser estimulados. No tarot, o processo é parecido: cada carta abre reflexões sobre escolhas, medos e oportunidades. Cada leitura é personalizada e nunca determinista; o mapa mostra possibilidades, não um destino fixo.

3 – Quais são os benefícios de uma consulta de astrologia?

Uma consulta astrológica ajuda a trazer clareza sobre ciclos de vida, momentos de mudança e decisões importantes. Amplia o autoconhecimento, revelando temperamento, talentos e potenciais que nem sempre percebemos. Por exemplo, um pai pode descobrir que seu filho precisa de estímulos diferentes para aprender ou lidar melhor com as emoções, sem que isso seja um rótulo.

Também é uma forma de olhar os desafios como oportunidades de crescimento e descobrir o propósito de vida, alinhando escolhas com valores pessoais. A consulta funciona como um espelho simbólico: ilumina caminhos e significados, mas quem decide o passo a passo é sempre a própria pessoa.

4 – Como você prepara uma consulta de astrologia?

Tudo começa com os dados de nascimento: dia, hora e local, fundamentais para montar o mapa natal. Depois, procuro entender o foco do consulente, que pode ser carreira, relacionamentos, propósito ou um período de transição. A partir daí, começo o chart gazing, um olhar reflexivo sobre símbolos, aspectos e padrões, integrando técnica, intuição e psicologia profunda.

Durante a consulta, apresento essas leituras de forma acessível, com espaço para diálogo e reflexão. Após o encontro, envio materiais de apoio, como o mapa e anotações, para que a pessoa possa revisitar os pontos importantes. Tudo é feito com confidencialidade e respeito, porque cada mapa revela camadas íntimas da jornada de cada um.

mapa astrologico num papel branco
Foto de Meizhi Lang na Unsplash

 

5 – Como a astrologia pode ajudar os pais a entender melhor as necessidades e características de seus filhos?

O mapa infantil não serve para rotular ou limitar a criança, mas para ajudar os pais a compreenderem temperamento, personalidade e necessidades individuais. Por exemplo, a Casa 5 no mapa dos pais mostra como eles expressam criatividade e prazer, o que se reflete na forma como se relacionam com os filhos.

O mapa da criança revela vitalidade, formas de aprender, como se sente nutrida e como se relaciona com os outros. Mercúrio mostra como ela aprende e se comunica; Marte, como age para alcançar objetivos; Vênus, como expressa afeto; e Júpiter e Saturno indicam talentos, oportunidades e limites. Às vezes faço também a sinastria entre pais e filhos, para perceber diferenças de temperamento e sugerir formas de harmonizar a convivência. Tudo isso ajuda os pais a criarem um ambiente mais consciente, respeitando o ritmo e a individualidade da criança.

6 – Qual é o papel do signo solar e dos planetas na personalidade de uma criança?

O Sol mostra a essência da criança, sua criatividade e como irradia vitalidade, especialmente na relação com a figura paterna. A Lua indica necessidades emocionais, segurança e vínculo com a mãe. Outros planetas complementam a leitura: Mercúrio revela estilo de aprendizagem e comunicação, Marte mostra energia e impulso, Vênus indica relações e talentos, Júpiter aponta áreas de expansão e Saturno desafios e limites. Urano, Netuno e Plutão representam influências mais profundas que se manifestam ao longo da maturidade.

Observar tudo isso permite que os pais compreendam melhor os talentos, desafios e formas de expressão da criança, criando um ambiente de desenvolvimento saudável e consciente.

7 – Como a astrologia pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades sociais e lidar com desafios emocionais?

O mapa ajuda os pais a entenderem potenciais e pontos de sensibilidade dos filhos. Por exemplo, uma criança mais introspectiva pode precisar de estímulos graduais para se expressar, enquanto outra com Marte forte se beneficia de atividades que ensinem cooperação e manejo da frustração. O objetivo não é rotular, mas oferecer suporte empático e consciente, fortalecendo habilidades sociais e emocionais e respeitando a individualidade de cada criança.

8 – Qual é o papel da educação astrológica na infância?

Não se trata de ensinar signos ou previsões, mas de usar a astrologia como ferramenta de compreensão. Ajuda pais e educadores a perceber talentos, temperamentos e necessidades individuais, ajustando o ambiente de aprendizado e convivência. A Casa 5, por exemplo, mostra como a criança se diverte e explora o mundo; a Casa 2 ou 4 indica relação com a base familiar; e a 3ª e 9ª casas revelam como ela se conecta com ideias e conhecimentos.

Essa abordagem promove consciência de ciclos, reconhecimento de padrões e respeito à individualidade. É mais sobre criar um diálogo simbólico entre criança, pais e mundo, cultivando autoconhecimento, empatia e sensibilidade desde cedo.

Por fim, depois dessa explicação, concluímos que sim, a astrologia em crianças pode ser uma ferramenta poderosa para entendê-las. Ao ler e entender o mapa astral de uma criança, os pais podem ter uma nova percepção sobre os potenciais e desafios, facilitando a educação da mesma.

Entrevistada

Fhove, mãe de Chloe e de Eliza, astróloga e taróloga, criadora do Numinous Soul, um projeto de alma voltado ao autoconhecimento, à espiritualidade e à evolução interior. Tem como propósito ajudar pessoas a compreenderem seus ciclos de vida, despertarem talentos e viverem com mais consciência e significado. Atende on-line e presencialmente, em português e inglês, para brasileiros e estrangeiros que buscam clareza, cura e direção em sua jornada.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Educação e Desenvolvimento – Guia Prático para Pais

Educar vai muito além de ensinar ortografia ou multiplicações; começa em casa, na escuta, no colo, na conversa ao final do dia.

A escola é parceira, mas o alicerce está no vínculo. E é disso que quero falar: de como apoiar nossos filhos — especialmente nessa faixa entre os oito e nove anos, cheia de descobertas e inseguranças — para se desenvolverem de forma saudável, com menos ansiedade, mais presença e melhores conexões.

Outro dia, observei minha filha, a Rebeca, de oito anos, debruçada sobre o celular. Ela sorria com o vídeo que assistia, mas o sorriso parecia distante. Os olhos, antes tão curiosos, estavam cansados. Ela estava conectada ao mundo — mas, de algum modo, desconectada de quem estava ao lado.

Foi aí que pensei: “Quando foi que o prazer de aprender, de brincar, de descobrir com as próprias mãos se perdeu?” E, mais ainda: “O que posso fazer para resgatar essa alegria e esse equilíbrio entre o mundo real e o digital?”

Pense neste artigo como um mapa – não cheio de rotas perfeitas, mas de um caminho possível, pavimentado com empatia, paciência e pequenas vitórias cotidianas.

Como ajudar minha filha de 8 anos a se concentrar nos estudos?

Primeiro, precisamos olhar além da “falta de atenção”. Quando a Rebeca começou a se distrair com frequência, confesso que minha reação foi “ela não quer estudar”. Mas, aos poucos, entendi que concentração é resultado de vários fatores: ambiente, sono, alimentação, estado emocional — e sim, o uso do celular.

O inimigo silencioso: a tela do celular

O celular, com suas luzes, sons e notificações, “treina” o cérebro para buscar recompensas rápidas — cada alerta é um mini “prêmio”. Resultado: para uma criança de oito anos, sentar frente a um caderno ou livro torna-se concorrente de alto nível.

O excesso de estímulo digital pode reduzir o foco e aumentar a ansiedade. Logo, em casa, adotamos uma regra simples: durante o tempo de estudo, o celular descansa em outro cômodo, silencioso. No começo, a Rebeca resmungou. Mas, aos poucos, aceitou o ritual como parte da rotina — um acordo de confiança entre nós.

 

Criando o “cantinho da concentração”

Depois, descobri que o ambiente importa — muito. Um espaço iluminado, confortável, com poucos estímulos digitais ajuda o cérebro a “entender” que é hora de focar. Aqui, montamos um cantinho: mesa firme, boa luz, materiais à mão, sem TV por perto, sem tablet aberto.

E adicionei um cheirinho suave, uma planta, uma cadeira que a Rebeca escolheu. Pequenos detalhes que transformam o ambiente em convite para o estudo — não em prisão.

Estudo com um toque de diversão

Aprender não precisa (e não deve) ser um fardo. Então, integramos atividades lúdicas: jogos educativos, desafios em formato de quiz, até apps interativos (mas com cuidado no tempo).

Por exemplo: transformar tabuada em jogo de adivinhação ou usar cartões coloridos para vocabulário.

 A diversão ajuda a criança a entrar no processo com leveza — desde que haja limite claro.

Conexão antes da correção

E talvez o passo mais importante: estar junto. Quando me sento ao lado da Rebeca, não é para “fiscalizar” as tarefas — é para escutar, entender suas dificuldades, celebrar pequenas conquistas.

Às vezes, tudo que ela precisa para aprender é sentir que alguém acredita nela — mesmo quando ela mesma duvida. Essa presença faz uma enorme diferença.

Criança escrevendo em um caderno sobre uma mesa com um notebook ao lado, exibindo tela ligada com horário e widgets.
Rebeca estudando enquanto trabalho no notebook

Quais métodos de ensino são mais indicados para a idade dela?

Aos oito anos, as crianças vivem uma fase de transição: não são mais tão pequenas, mas ainda precisam de segurança.

É a idade do “querer pertencer” — de querer ser aceita, de entender o grupo, de começar a encontrar o próprio lugar no mundo. É também a fase em que aprender ganha significado: não basta memorizar, é preciso se conectar.

 

O poder do aprendizado colaborativo

Se socialização é uma necessidade, por que não usar o aprendizado como meio? A Rebeca, que era reservada, passou a se soltar mais quando sugeri que realizasse tarefas com uma colega ou promovêssemos encontros de estudo em casa.

O aprendizado partilhado reforça laços: as crianças trocam ideias, se ajudam, sentem-se pertencentes. Dois benefícios em um só ato.

Como lidar com problemas de comportamento e ansiedade na escola?

Quando uma criança “se comporta mal”, o impulso é corrigir. Mas, quase sempre, por trás do comportamento há um pedido de ajuda.

A ansiedade, por exemplo, pode aparecer como irritabilidade, isolamento, choro fácil, ou até agressividade silenciosa.

 

Comunicação é a palavra-chave

O primeiro passo é abrir o diálogo — com a escola e com a própria filha. Perguntar como ela se sente no grupo, ouvir sem interromper, validar suas emoções. Às vezes, o que mais precisa ouvir não é “pare de”, mas “eu entendo que é difícil pra você”. E com os professores, o ideal é construir uma ponte, não um muro. Todos estamos do mesmo lado: o lado dela.

Aparando arestas, juntos

Quando os problemas pipocam, o mais eficiente é uma abordagem colaborativa entre pais, escola e criança. Em vez de “você está errada”, podemos perguntar: “O que podemos fazer para você se sentir melhor?” Isso retira o peso da culpa e abre caminho para a responsabilidade compartilhada.

É um plano de ação conjunto, com a menina envolvida nas escolhas, e não apenas como objeto de intervenção.

Lidando com a ansiedade e o celular

O celular, mais uma vez, pode aparecer como refúgio — e isso tem uma razão. Quando a Rebeca está ansiosa, tende a se perder nas telas. No curto prazo, isso pode parecer alívio; no médio prazo, aumenta o vazio e o isolamento.

Criamos, então, momentos de desconexão familiar:

  • jantar sem telas,
  • passeio no parque ou na pracinha,
  • jogo de tabuleiro depois da escola.
  • Rir de piadas ou de histórias contadas pela família
  • Brincar tranquila e livremente
  • conversar sobre como foi o dia

Com essa nova rotina, descobrimos que esses gestos simples são antídotos poderosos para a ansiedade.

Empatia e escuta ativa

E, talvez, o passo mais transformador: escutar de verdade. Sem interromper, sem corrigir na hora, sem discursos morais. Fazer com que ela sinta que tem em casa um porto seguro — onde pode se mostrar vulnerável, insegura, confusa — e ainda assim ser amada. Essa escuta cria um espaço onde as emoções circulam, e onde aprendizado emocional acontece.

A jornada da parentalidade é um eterno aprendizado

Ser mãe ou pai é um aprendizado constante — sem manual, mas cheio de recomeços. Entre trabalho, amor e rotina, o que realmente importa é estar presente, ouvir, rir e crescer com os filhos.

Não há fórmula, apenas o compromisso de ajudá-los a equilibrar o mundo real e o digital. Para aprofundar esse tema, confira o artigo Saúde Emocional das Crianças e Redes Sociais”.

Mulher e criança negras sorrindo para uma selfie, ambas com cabelos trançados, sentadas lado a lado.

Escrito por

Gabriela Sucupira

Redatora bilíngue Especialista em Marketing pela USP/Esalq e bacharel em Letras pela UFRJ. Mãe da Rebeca, natural do Rio de Janeiro, Gabriela possui 15 anos de experiência como Consultora Textual e atua há 4 anos como Personal Branding para o Linkedin.

Ambientes Criativos e a Abordagem Reggio Emília

Na segunda parte da nossa conversa com Daniela Vieira, exploramos como ambientes ricos em significado e projetos coletivos podem não apenas transformar o aprendizado das crianças, mas também fortalecer os laços entre escola, família e comunidade.

Inspirada pela abordagem Reggio Emilia — que propõe ver a criança como protagonista da própria aprendizagem, em constante diálogo com seu ambiente e com os outros — Daniela comenta as tendências mais atuais da educação infantil: o protagonismo, a autonomia, a escuta sensível, o ambiente como terceiro professor. 

Ao ampliar a escuta para além do que a criança diz ou faz, e a autonomia para além de simplesmente “liberar escolhas”, essa visão nos convida a redescobrir como cada espaço, gesto e interação fazem parte de um processo mais amplo de construção — não apenas do conhecimento, mas da identidade e do pertencimento.

É possível criar ambientes criativos em casa para estimular a aprendizagem infantil?

Sim, é totalmente possível adaptar os ambientes da casa para favorecer a autonomia e a aprendizagem das crianças. Todo espaço pode se tornar uma oportunidade de descoberta — basta um pouco de criatividade!


Com pequenas modificações, é possível criar um ambiente que estimule a curiosidade e a independência. Veja algumas ideias práticas:

  • Criar uma bateria com panelas e colheres;
  • Montar um mini escritório com teclados velhos e telefones antigos;
  • Organizar os móveis para que a criança tenha acesso fácil aos objetos;
  • Deixar os móveis na altura e no campo de visão da criança;
  • Oferecer materiais variados que despertem a exploração e a criatividade;
  • Garantir sempre um espaço acolhedor e seguro.

Projetos Coletivos e Comunidade

Como funcionam os projetos coletivos e qual é a importância deles para o desenvolvimento das crianças?

Os projetos coletivos nascem a partir dos interesses e curiosidades das próprias crianças. O educador atua como mediador, criando ambientes que incentivam a exploração e a troca de ideias.

Durante o processo, são feitos registros e observações que evidenciam momentos significativos de interação e aprendizado. Esses projetos tornam o aprendizado mais rico e colaborativo, fortalecendo a criatividade, o trabalho em grupo e o desenvolvimento integral das crianças.

De que forma a escola pode se alinhar com as famílias para construir experiências mais significativas?

A escola pode se alinhar às famílias de diferentes maneiras, garantindo uma parceria ativa no processo educativo. Uma das formas é oferecer acesso ao acervo dos projetos coletivos, permitindo que os responsáveis acompanhem o percurso das aprendizagens.

Além disso, a participação direta das famílias enriquece os projetos, trazendo falas, histórias e curiosidades de casa, ampliando o repertório das crianças.

Outro ponto importante é incentivar que, em casa, sejam realizadas propostas que dialoguem com os projetos desenvolvidos na escola, estimulando novas descobertas e fortalecendo os vínculos entre escola, família e criança.

Você acredita que esse modelo fortalece também a ideia de comunidade escolar?

Sim. A criação de projetos coletivos a partir dos desejos e curiosidades das crianças traz narrativas significativas do meio em que estão inseridas e dos espaços que frequentam, como áreas verdes, clubes, parques ou até mesmo casas de familiares.

Essa proposta possibilita a interação entre diferentes contextos e envolve ativamente as famílias do grupo, tornando o processo de aprendizagem mais rico.

Dessa forma, fortalece-se a relação entre escola e comunidade, criando uma rede de colaboração e pertencimento que valoriza a infância e o desenvolvimento coletivo.

Professora lê para crianças sentadas em círculo em uma sala de aula colorida.
Sala de aula da Reggio Emília

Tendências e Futuro da Educação

Quais tendências você enxerga no campo da educação infantil que dialogam com a perspectiva Reggio Emília?

A abordagem Reggio Emilia vê a criança como protagonista do próprio aprendizado — curiosa, criativa e capaz. Entre as principais tendências alinhadas a essa visão estão:

  • O aprendizado que parte dos interesses da criança;
  • A valorização da exploração prática e do “mãos à obra”;
  • O respeito ao ritmo individual e à autonomia infantil;
  • A criação de espaços que favorecem investigação e descoberta.

Essas práticas estimulam a curiosidade, o senso crítico e o protagonismo desde os primeiros anos.

Como os pais podem identificar se uma escola valoriza realmente a criança como protagonista e investe em ambientes criativos?

Os pais podem identificar se uma escola realmente valoriza a criança como protagonista observando alguns aspectos fundamentais:

  1. Ambientes criativos e acolhedores que estimulam a curiosidade;
  2. Propostas pedagógicas que respeitam os interesses e ritmos das crianças;
  3. Transparência e abertura ao diálogo com as famílias;
  4. Um Projeto Político-Pedagógico alinhado a metodologias ativas e contemporâneas.

Esses aspectos revelam uma instituição comprometida com uma educação mais humana, participativa e transformadora.

O futuro da educação: autonomia, comunidade e inovação pedagógica

Se você pudesse deixar uma mensagem final para famílias e educadores sobre o futuro da educação, qual seria?

A educação é um dos pilares da nossa sociedade e está em constante evolução. Hoje, podemos perceber os avanços que tivemos ao tratar nossas crianças e adolescentes com respeito, valorizando a democracia e garantindo que todos tenham voz, tornando-os protagonistas de suas próprias histórias.

Com esses avanços, também fortalecemos a comunidade escolar e familiar, contribuindo para uma sociedade mais consciente e participativa. Temos a oportunidade de nos reinventar e nos atualizar continuamente, atendendo às demandas e necessidades atuais, e, assim, construir um futuro melhor para as próximas gerações.

Confira a entrevista completa, lendo a primeira parte aqui.

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Mulher negra sentada em uma cadeira, sorrindo, vestindo blazer preto e camisa social branca, com cabelo preso e óculos de grau, em frente a uma parede clara.

Pedagoga

Daniela Vieira

Pedagoga com especialização em psicopedagogia institucional e clínica, pós-graduanda do MBA em Gestão escolar pela Universidade de São Paulo (USP).

Mulher e criança negras sorrindo para uma selfie, ambas com cabelos trançados, sentadas lado a lado.

Escrito por

Gabriela Sucupira

Redatora bilíngue Especialista em Marketing pela USP/Esalq e bacharel em Letras pela UFRJ. Mãe da Rebeca, natural do Rio de Janeiro, Gabriela possui 15 anos de experiência como Consultora Textual e atua há 2 anos como Personal Branding para o Linkedin.

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Da escuta à autonomia: reflexões sobre Reggio Emília

A educação infantil está em constante transformação, mas alguns princípios permanecem atemporais: respeito, escuta e valorização da criança. A abordagem Reggio Emília, nascida na Itália após a Segunda Guerra, tornou-se referência mundial ao propor um olhar mais humano e criativo para a infância.

Mais do que um método, trata-se de uma filosofia que reconhece a criança como protagonista de seu aprendizado, capaz de explorar, criar e construir significados em diálogo com o ambiente e com a comunidade.

Nesta entrevista, conversamos com Daniela Vieira, Pedagoga com especialização em psicopedagogia e pós-granduanda na abordagem pikler e Reggio Emília.

Daniela traz seus conhecimento e dicas práticas para pais e educadores sobre como os Alinhamentos Escolares e Tendências na perspectiva Reggio Emília podem inspirar escolas, educadores e famílias na construção de experiências mais ricas e transformadoras.

Introdução: conhecendo a abordagem Reggio Emília

O que é a perspectiva Reggio Emília e por que ela tem se tornado uma referência mundial em educação infantil?

A perspectiva Reggio Emilia é uma abordagem pedagógica que busca uma educação mais igualitária, inovadora e com centralidade na criança. Seu foco é atender ativamente às necessidades dos pequenos, promovendo um aprendizado humanizado e de qualidade nos primeiros anos de vida.

Entre suas principais características estão:

  • O respeito à integridade da criança,
  • A valorização do vínculo afetivo, da escuta, da fala e do acolhimento,
  • O estímulo à autonomia e ao protagonismo infantil.

Essa metodologia incentiva que a criança explore, investigue e construa conhecimento a partir de seus próprios interesses, promovendo experiências significativas e inovadoras.

Dessa maneira, ela tem se tornado uma referência mundial em educação infantil justamente por colocar a criança no centro do processo de aprendizagem, reconhecendo seu potencial e promovendo um ambiente de descobertas, criatividade e participação ativa.

Como você chegou a se especializar nesse campo e o que mais te inspira na prática dessa abordagem?

Durante minha trajetória como professora de educação infantil, presenciei e vivi diversas formas de ensino e aplicação da aprendizagem. No entanto, buscava métodos que realmente respeitassem a criança como um ser único.

Vale destacar que meu encanto pela abordagem Reggio Emilia surgiu devido sua perspectiva de enxergar a criança como um ser potente e capaz de construir conhecimento por meio da interação com o outro e com o meio que a cerca.

Com isso, busquei aprofundar meus conhecimentos por meio da pós-graduação e dos estudos oferecidos no meu trabalho, em que estudamos sobre o tema 2 horas por dia, baseados nos materiais propostos pela Prefeitura de São Paulo.

Assim, trabalhando na Prefeitura, percebo que essa abordagem está muito presente nos documentos que nos norteiam, proporcionando momentos de estudo e prática que integram as metodologias Reggio Emilia.

Portanto, cada experiência com a criança se tornou, para mim, uma verdadeira experiência de pesquisa, aprendizado e descoberta.

Capas dos livros “As cem linguagens da criança” e “As cem linguagens em mini-histórias”, referências da abordagem Reggio Emília na educação infantil, com fundo verde claro.
Livros da abordagem Reggio Emília

 

 

Criança como Protagonista

O que significa, na prática, considerar a criança como protagonista do processo de aprendizagem?

Na prática, considerar a criança como protagonista do processo de aprendizagem significa reconhecê-la como sujeito ativo, capaz de construir conhecimentos a partir de suas experiências, curiosidades e interações.

Isso envolve respeitar seus aspectos individuais, interesses culturais e cotidianos, tendo o educador como mediador desse processo. Cabe ao professor criar territórios e ambientes que favoreçam a investigação, a exploração e a aprendizagem significativa, sempre partindo do interesse da criança.

Como os educadores podem estimular a autonomia e a curiosidade sem perder de vista a importância do cuidado e da orientação?

O cuidado e a orientação são fundamentais, principalmente quando a criança faz uma escolha que pode gerar algum desconforto. Por exemplo: em um dia frio, a criança opta por usar uma roupa leve.

Nesse caso, o educador não deve simplesmente impor outra opção, mas mediar a situação por meio de questionamentos, ajudando-a a perceber as consequências de sua escolha.

Dessa forma, a criança é orientada a refletir, diferenciando suas escolhas de acordo com o contexto. Assim, mantém sua autonomia preservada, exercita a curiosidade e aprende a resolver situações do cotidiano de maneira consciente e significativa.

Ambientes Criativos

Na visão Reggio Emília, o espaço também é educador. Quais características um ambiente criativo deve ter para favorecer a aprendizagem?

Um ambiente criativo deve oferecer variações que estimulem a exploração e favoreçam a aprendizagem, um ambiente, além de acolhedor explorador e de descobertas. Na minha sala de aula, por exemplo, entre os variados cantos de exploração, temos em especial uma montada com elementos da natureza recolhidos pelo jardim da escola onde formamos em sala em contexto de investigação e descoberta.

Sala de educação infantil inspirada na abordagem Reggio Emília, com móveis de madeira clara, materiais naturais organizados em cestos e plantas, criando um ambiente acolhedor, estético e exploratório.
Sala inspirada na abordagem Reggio Emilia

 

 

Junto a esse material, disponibilizo lupas para maior observação, materiais de arte como tintas e lápis de colorir, onde o manuseio, a interação e forma de criação partam da descoberta de cada criança, considerando o que é significativo para cada uma.

É importante que os materiais e recursos estejam dispostos na altura certa, permitindo o acesso com autonomia.

Além disso, o espaço precisa ser investigativo, acolhedor e seguro, despertando a curiosidade, incentivando a interação e possibilitando diferentes formas de expressão. Dessa maneira, o ambiente se torna um verdadeiro educador, promovendo experiências ricas e significativas.

Saiba mais sobre essa abordagem na Parte II desta entrevista.

 

Mulher negra sentada em uma cadeira, sorrindo, vestindo blazer preto e camisa social branca, com cabelo preso e óculos de grau, em frente a uma parede clara.

Pedagoga especialista em Psicopedagogia

Daniela Vieira

Pedagoga com especialização em psicopedagogia institucional e clínica, pós-graduanda do MBA em Gestão escolar pela Universidade de São Paulo (USP).

Mulher e criança negras sorrindo para uma selfie, ambas com cabelos trançados, sentadas lado a lado.

Escrito por

Gabriela Sucupira

Redatora bilíngue Especialista em Marketing pela USP/Esalq e bacharel em Letras pela UFRJ. Mãe da Rebeca, natural do Rio de Janeiro, Gabriela possui 15 anos de experiência como Consultora Textual e atua há 4 anos como Personal Branding para o Linkedin.

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Leitura na educação infantil. Como incentivar meu filho?

Ensinar o gosto por atividades de natureza não digital como a leitura para minha filha de sete anos foi um desafio nos últimos anos. Isso porque desde o seu primeiro aninho de vida, ela vê meu marido e eu sempre com o celular e assistindo TV, por exemplo.

Ela aprendeu seus primeiros comportamentos, imitando a gente. Ela sempre me via pesquisando na internet antes de fazer alguma compra, escrevendo meus artigos do trabalho usando o notebook e curtindo e compartilhando fotos dos momentos divertidos, às vezes sem aproveitá-los completamente.

Tudo mudou quando ela entrou na escola, aos 5 anos, e entrei na pós-graduação em 2022.

Neste post você vai ver:

  • A importância da leitura na infância;
  • Impacto das tecnologias digitais na leitura infantil;
  • Dicas para estimular a leitura em crianças;
  • Cantinho da leitura.

O exemplo ensina mais do que as palavras

Por ser uma profissional da área de Letras desde 2006, aprendi que a leitura é um processo mais complexo do que a tradução dos símbolos para o significado do idioma local.

Nas primeiras aulas de Literatura, os professores nos ensinaram que ler é interpretar o mundo por meio das palavras e símbolos presentes nos textos e situações ao nosso redor.

Mas como diz o ditado que “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, ao trabalhar direto durante a pandemia, deixei que a aceleração do consumo digital entrasse na rotina dela antes da leitura.

Como sempre estamos aprendendo, em 2022 preciso voltar a estudar. Nesse mesmo ano, minha filha entrou na escola, no segundo ano do ensino infantil (o famoso pré 2, no Brasil).

Foi nessa época que ela começou a me ver lendo e escrevendo manualmente enquanto assistia as aulas remotas da pós-graduação. Daí em diante, ela passou a me copiar, pegando sempre um caderninho e os livros que já tinha em casa para me acompanhar nas aulas em casa. 

Esse novo costume a ajudou a se interessar mais pelo o que estava escrito em minhas apostilas e livros e seu processo de aprendizado foi bem mais fácil. Consegui recuperar o tempo perdido no ensino pelo gosto pela leitura e escrita, ao incluí-las em mudar minha rotina.

Primeiro contato com os livros

Segundo os Pediatras, antes mesmo de aprenderem a ler, é importante que nossas crianças tenham contato com os livros por meio da contação de histórias e visualização das figuras para serem estimulados a desenvolverem a imaginação.

Pois como podemos vivenciar na prática, ao verem seus cuidadores sempre lendo, as crianças podem passar a copiar o exemplo e adotam mais facilmente esse hábito. 

Aprendemos que após o contato contínuo e cedo com as histórias contadas, durante a o primeiro segmento do ensino fundamental, as crianças aprenderão mais facilmente a:

  1. Interpretarem os conteúdos dos livros literários e didáticos; 
  2. Desenvolverem a imaginação;
  3. Escreverem suas primeiras palavras;
  4. Aprenderem a se comunicar melhor;
  5. Desenvolverem o senso crítico naturalmente.

Mas como podemos ajudar os pequenos a incorporarem esse hábito na prática? Criando um espaço especial para essa atividade: o cantinho da leitura.

Criação do Cantinho da Leitura

Como ocorre no ensino de outros hábitos aos nossos filhos, é preciso que a leitura faça parte da rotina de todos que moram na casa da criança. 

Para isso, educadores e psicopedagogos recomendaram a criação de um espaço diferenciado para o tempo de leitura.

Vejam um passo a passo para a criação do cantinho da leitura:

1- Reserva de um local separado para a leitura, no quarto da criança ou em um cômodo específico da casa;

2- Escolha dos livros de acordo com a faixa etária da criança;

3- Organização do local de forma que fique aconchegante e convidativo;

4- Constância nas atividades no espaço.

5- Estímulo à procura independente da criança aos livros, mostrando que seu acesso é livre e o espaço é para ela aproveitar.

Organizando os livros no cantinho de leitura

Para facilitar o acesso espontâneo da criança, uma boa tática é separar os livros em categorias de acordo com o tema, gênero ou autor, da forma que funcionar melhor na realidade dela. 

Outra estratégia é convidar seus filhos para arrumá-los, convidando-os a criarem etiquetas personalizadas, com figurinhas e letras coloridas que ajudarão na identificação de cada obra, incluindo os pequenos no processo de cuidados com o local e os livros.

Tempo ideal de leitura diária

Uma dúvida de muitos pais é sobre o tempo que devemos reservar para a leitura diária com os pequenos. Não há uma regra, contudo alguns especialistas explicam que para facilitar a criação desse hábito, o tempo inicial ideal é de 10 a 15 minutos por dia, para que o processo seja natural e leve. 

#PraCegoVer: Rebeca de 7 anos lendo quadrinhos.

 

Hábito da leitura e desenvolvimento acadêmico

As crianças que têm o hábito de leitura incentivado em casa, quando vão para a escola apresentam melhor capacidade de concentração, memória e raciocínio, que são habilidades cognitivas essenciais para seu processo de alfabetização e crescimento.

A leitura estimula o cérebro, atuando na formação de conexões neurais e na habilidade de conseguir resolver problemas. Ler ajuda também no aprendizado das estruturas da língua, por meio da ampliação do vocabulário, e na aquisição e melhora da capacidade de comunicação da criança.

Outro aspecto importante é o emocional, pois ao ter contato com questões semelhantes aos problemas sociais e afetivos da vida cotidiana, as crianças aprendem a lidar com suas realidades e as dos colegas.

A importância da leitura na educação inclusiva

Em tempos de educação plural e inclusiva, é importante que os pais comprem livros que abordam as dificuldades de personagens que sejam de etnias ou realidade social diferentes da maioria, ou que apresentam alguma peculiaridade física ou mental. 

Assim, ajudarão as crianças a se colocarem no lugar do colega que está enfrentando dificuldades na história e desenvolverão a empatia, entendendo um pouco sobre as diversas realidades que cada um vivencia.

Ainda nesse contexto de diversidade, o contato com os livros que falem sobre letramento racial e bullying, por exemplo, ajudam as crianças que sofrem com o preconceito a entenderem que não estão sozinhas e que é preciso sempre falar sobre os seus medos com seus pais e educadores, em caso de episódios de agressão verbal ou física. 

Mas de que adianta ter o espaço, o livro apropriado e horário reservado para as atividades lúdicas, se o contato dos pequenos com as telas é cada vez mais precoce?

Impacto das tecnologias digitais na leitura infantil

Na era da realidade virtual e inteligência artificial, é normal que as crianças tenham maior dificuldade ao precisarem ter contato com materiais físicos por longos períodos. Por isso é importante que todos das casas revejam suas rotinas e mudem seus hábitos, especificamente sobre o tempo em frente às telas.

O aumento do consumo virtual pós pandemia fez com que muitas famílias trocassem as atividades físicas e manuais da vida real pelas facilidades imediatistas da realidade virtual, com uso de aplicativos e registros do cotidiano nas redes sociais.

As crianças, por sua vez, tiveram contato com essas tecnologias mais cedo e por mais tempo. Assim, aprenderam a consumir os conteúdos prontos, com exposição contínua a vídeos de crianças com vidas irreais e preferência por vídeos curtos e por jogos muitas das vezes violentos, para dar vazão a toda ansiedade que o excesso de telas causa.

Retomando o gosto pela leitura em família

Com a família trabalhando unida, será mais fácil que os filhos aprendam que é possível viajar o mundo todo através das histórias contadas nos livros.

Assim, precisamos nos lembrar de que a leitura pode ajudar a:

– Diminuir o estresse diário, por ser uma atividade de atenção direcionada, nosso cérebro tende a ficar mais focado e nosso corpo menos tenso;

– Proporcionar diversão e entretenimento, pois ao imaginar os lugares e personagens ficamos focados na história e esquecemos um pouco das outras demandas;

– Exercitar nosso cérebro de forma lúdica por meio da imaginação.

Mas se ainda sim meu filho não quiser ler?

  1. Leia para ele! Talvez ele já saiba ler sozinho, mas ao ouvir as histórias contadas por outra pessoa, ele tenha a curiosidade estimulada pela imaginação e desperte o interesse pela leitura.
  2. Ofereça uma variedade de livros que possam capturar seu interesse. Observe o tipo de conteúdo que ele consome na internet e faça uma busca com temas similares;
  3. Mantenha o entusiasmo pela leitura. É importante perseverar com esse hábito de terem um tempo de qualidade com os livros;
  4. Visitem bibliotecas e feiras de livros da sua cidade. Mostre como o mundo literário é amplo, revolucionário e divertido até fora de casa e da escola.

 

Dica extra:

Acessem no site da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) as campanhas sobre leitura para ajudar no desenvolvimento cognitivo e de comunicação das crianças.

O conteúdo da campanha “Receite um livro: A importância de recomendar a leitura  para crianças de 0 a 6 anos”, disponível em no site da SBP, nos ajuda até hoje nessa importante parte da criação dela.

Mulher negra sorrindo com cabelo cacheado e batom vinho, vestindo blusa amarela

Edição geral de Rondy Cavulla e escrito por

Gabi Sucupira

Carioca apaixonada pelas Letras, mãe da Rebeca, empreendedora e especialista em Marketing.