Porque ter uma doula para acompanhar sua Gestação e Parto?

Há cinco anos, Priscilla Lírio é doula e trabalha por uma experiência positiva de parto e nascimento. Ela é sergipana, residente em Aracaju, mãe de Davi de 6 anos. Priscilla também é placenteira, consultora em amamentação e coautora dos livrosSobre Parir e

Renascer” e “Relatos do Puerpério”. Iniciou o caminho da doulagem um ano após o nascimento do seu filho, que veio ao mundo através de um parto vaginal, respeitoso e cercado de muito afeto. 

Neste post você vai ver

 

  • Quais as vantagens de se ter uma doula?
  • Como encontrar uma doula
  • O que uma doula não faz?
  • Quem pode ser doula?
  • Como aliviar os sintomas comuns na gravidez, como náuseas e dores nas costas?
  • Quais são os sinais do trabalho de parto?
  • Como saber a hora de ir para o hospital?
  • O que é um plano de parto e como devo preparar um?
  • Quais métodos posso utilizar para aliviar a dor durante o parto?
  • É seguro fazer exercícios durante a gravidez?
  • Como a gravidez afetará a minha vida sexual?
  • O que devo levar para o hospital?
  • Qual a diferença entre parto normal e cesariana?

 

1- Quais as vantagens de se ter uma doula?

 

Existem vários estudos que apontam as vantagens de se ter uma doula. Como:

Redução de até 50% dos índices de cesarianas não indicadas (aquelas que não tinham uma real necessidade de acontecer). Isto porque a doula traz mais informação e a gestante vai entender melhor as indicações reais e necessárias de uma cesariana, consequentemente a mulher vai fazer escolhas melhores com relação à equipe e às decisões que ela vai tomar no processo do trabalho de parto e parto.

Uma redução de 25% na duração do trabalho de parto, ou seja, são trabalhos de parto mais curtos com a presença da doula. E isso tudo tem a ver com informações que foram sendo trabalhadas durante o processo gestacional, como por exemplo, esperar o momento certo para ir pra maternidade.

Redução de 60% dos pedidos de analgesia peridural, isso também tem a ver com a presença da doula, com o métodos não farmacológicos de alívio de dor, fazendo com que a mulher suporte mais esse processo da dor, que ela não entre em sofrimento e que consiga atravessar os momentos da dor com o métodos. 

Redução de 30% do uso real da analgesia peridural. Como a gente traz bastante informação durante a gestação, acaba diminuindo o pedido e diminuindo o uso da analgesia.

Redução de até 40% de ocitocina sintética. Como as mulheres acabam chegando na hora certa na maternidade, com o trabalho de parto avançado, então as intervenções acabam sendo muito menores.

-Também existe uma vantagem no sucesso da amamentação: as mulheres se sentem muito mais confiantes com as informações que recebem e com o suporte que a doula dá. 

Interação mais satisfatória entre mãe e bebê, uma produção de vínculo muito maior quando tem a presença da doula. 

Satisfação maior do trabalho de parto. Um trabalho de parto muito menos sofrido e cercado de muito mais amor, conforto, cuidado. 

Redução da incidência de uma depressão pós parto porque tem um suporte e um apoio emocional.

Diminuição dos estados de ansiedade desde a gestação até o puerpério. 

-E também de um trabalho de parto muito menos doloroso com o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor. 

2- Como encontrar uma doula?

 

Você pode acessar a Associação de Doulas Nacionais e as Associações Estaduais. E você vai encontrar as redes sociais, contato de telefone. E tem sempre as indicações de quem são as doulas associadas. E a forma mais comum, é a indicação de outras mulheres que tiveram doulas em sua experiência. 

3- O que uma doula não faz?

 

A doula não executa qualquer procedimento médico. Não faz exame de toque, não escuta os batimentos cardíacos do bebê, não cuida da saúde do recém nascido. Podemos dar  informações sobre o cuidado, mas não temos autonomia e nem estudo para cuidar da saúde do recém nascido. 

A doula não substitui nenhum dos profissionais tradicionalmente envolvidos na assistência ao parto. A doula soma no processo do parto.

Também não é função da doula estar discutindo procedimentos com a equipe técnica ou questionar decisões. Apesar de muitas vezes sabermos que alguns dos procedimentos são equivocados e/ou são violências obstétricas, nós como doulas não temos autonomia porque a profissão ainda não é reconhecida e regulamentada, somos consideradas apenas como ofício, mas estamos em vias de realizar isso no Congresso Nacional do Brasil. 

Então a doula não substitui nenhum profissional, como também nenhum acompanhante de livre escolha da mulher, lembrando que no Brasil existe a Lei do Acompanhante, sendo obrigatório que toda mulher possa ter durante todo o seu processo de trabalho de parto um acompanhante. E deixando claro que é ilegal que as maternidades peçam para que a gestante escolha entre a doula e o acompanhante. 

 

 “Vivenciar esta experiencia me tornou uma mulher de olhar sensível e curioso para as formas de nascer no mundo. Por isso, hoje trabalho para que todas as pessoas que gestam possam ter uma experiencias positiva de gestação, parto e nascimento”

4- Quem pode ser doula?

Qualquer pessoa que tenha o Ensino Médio completo, não sendo obrigatório ser da área da saúde, pode ser doula. Que tenha também o mínimo de sensibilidade e interesse em trabalhar com este público. A formação possui uma carga horária de 120 horas. 

5- Como aliviar os sintomas comuns na gravidez, como náuseas e dores nas costas?

Nós, enquanto doulas, trabalhamos com recursos naturais, como indicação de óleos essenciais. Trabalhamos muito com óleo essencial de pimenta rosa, ele ajuda muito com a náusea. Como também indicamos posições para quando a gestante está muito nauseada. Eu, como doula e profissional de educação física, indico movimentos, posturas que ajudam a liberar e ajudar na diminuição da náusea e de dores na lombar.

6- Quais são os sinais do trabalho de parto?

 

Um sinal muito evidente são as contrações mais efetivas, dolorosas e com ritmo. Existe um teste que se chama: teste do chuveiro. Pedimos para a gestante ir para debaixo do chuveiro com água morna e ficar lá por volta de 30, 40 minutos e perceber se durante esse período as contrações aumentaram ou diminuíram ou até mesmo deixaram de existir. Caso as contrações tenham aumentado e começado a ganhar uma regularidade, provavelmente esta mulher está em trabalho de parto. A gente observa essas contrações num período de uma hora e percebe se dentro de dez minutos acontecem até três contrações duradouras, efetivas, se sim, ela certamente está em trabalho de parto ativo. 

Existem outros sinais, como a bolsa estourar, mas a mulher não sentir contrações ainda. Então iremos observar a coloração, o cheiro, a quantidade do líquido saindo. Iremos observar a movimentação do feto com o mobilograma para saber o quanto esse bebê mexeu no intervalo de uma hora. 

7- Como saber a hora de ir para o hospital?

 

Alguns sinais são bem importantes como: contrações intensas e regulares, como três contrações no intervalo de dez minutos por mais de uma hora. Se a bolsa estourou, não precisa sair correndo, mas precisa ficar atento. Observando o líquido da bolsa, se ele estiver mais amarelado, mais esverdeado ou marrom são sinais de alerta de um provável mecônio (que são as fezes do bebe) e significa que o bebê pode começar a entrar em algum tipo de sofrimento. Sangramento fluido e contínuo é um sinal de alerta, dor abdominal aguda e abrupta ou não perceber movimentação fetal por mais de uma hora, principalmente a partir da 34 semana de gestação, contrações dolorosas antes da 37 semana de gestação também é um sinal de alerta para ir pra maternidade. 

8- O que é um plano de parto e como devo preparar um?

 

O plano de parto é um documento que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde onde a mulher vai sinalizar e dizer o que ela deseja ou não que aconteça durante o trabalho de parto e pós parto imediato. Para que essa mulher possa construir esse plano de parto e entendê-lo, ela vai precisar estudar e doula entra ajudando e trazendo informações para que essa mulher possa se embasar. Trazemos livros, textos, documentários para que essa mulher leia e produza seu próprio plano de parto. Que é um plano onde ela vai chegar na maternidade e entregar. Exemplos de desejos no plano de parto: livre possibilidade de se movimentar no seu trabalho de parto, liberdade para poder se alimentar e se hidratar. Além dos procedimentos com ela, como também os procedimentos com o bebe. 

É também a partir do momento da construção do plano de parto que essa mulher se fortalece e sabe dos seus direitos, consegue diferenciar o que é um procedimento necessário de uma violência obstétrica

 

Foto de Anna Civolani na Unsplash #PraCegoVer Mulher Gravida de top preto com a mão da barriga e pequenas luzes de Led ao redor de seu corpo, uma atmosfera leve e lúdica.

 

9- Quais métodos posso utilizar para aliviar a dor durante o parto?

 

Existem muitos métodos não farmacológicos para alívio da dor e eu digo que o mais importante deles é a respiração. Saber respirar, se concentrar na sua respiração durante o processo do trabalho de parto auxilia muito o processo de concentração no seu corpo, tirar o foco da dor e de um possível sofrimento. Concentrando no ato de inspirar e expirar, a exalação mais profunda ajuda a mulher a relaxar, a se conectar com ela e com o seu bebê,, com o processo que está acontecendo. Existem outros como a massagem com óleo, a massagem com rebozo ou com outros instrumentos. O uso de água morna também auxilia bastante no alívio da dor, uso de óleos essenciais, a movimentação pélvica, a movimentação no espaço, o uso da bola. São alguns dos métodos que auxiliam bastante essa mulher. 

10- É seguro fazer exercícios durante a gravidez?

 

Eu falo que isso não é campo específico da doula, mas como profissional de educação física, eu afirmo que é seguro, mas o profissional precisa ter conhecimento para ajudar a ajustar e fazer exercícios que favoreçam no processo da gravidez, para aliviar as dores, como as dores na lombar. É um grande mito dizer que a mulher gestante precisa esperar as 12 semanas para começar ou voltar a fazer exercícios, ela pode fazer exercícios e é importante que tenha um profissional com experiência e com formação adequada para acompanhar ela neste processo. 

11- Como a gravidez afetará a minha vida sexual?

 

Durante a gestação existe uma mudança gigante de hormônios no corpo da mulher e algumas mulheres relatam uma libido intensa, com muito desejo sexual, mas algumas mulheres e seus companheiros têm receio da penetração, achando que vai machucar o bebê, mas na verdade não tem como machucar, pois o pênis entra no canal vaginal e o bebê está dentro do útero, tudo fechadinho e se estivesse aberto com certeza teria alguma perda gestacional, então o colo do útero está fechado e essa mulher pode ter relação sexual sem nenhum tipo de problema. 

E algumas das mulheres relatam que não tem desejo sexual e isso também tem a ver com os hormônios e como era a vida dessa mulher sexualmente falando antes da gestação e o que mudou. Os hormônios influenciam, mas isto é muito distinto e singular. 

Após o parto, depende também da via de parto. Se essa mulher teve um parto vaginal e não teve nenhum tipo de laceração e/ou episiotomia, ela terá uma vida sexual ativa depois de 40 dias e logo assim que ela sentir vontade. Mas são muitas questões que envolvem após o parto: bebê pequeno, noites mal dormidas, mulher que amamenta, se o parceiro (a) está ajudando e não só fisicamente, mas também emocionalmente. Se essa mulher teve uma laceraçao e/ou episiotomia, isso vai afetar mais ela nas primeiras relações. A episiotomia provavelmente vai afetar ela mais gravemente porque são camadas mu ito mais profundas da região do períneo da mulher e isso dificulta no ato sexual ao sentir as dores na penetração, uma fisioterapia pélvica pode ajudá-la nesse processo. 

Se a mulher teve uma cesárea será outro processo, pois requer tempo mais prolongado de repouso e cada experiência é muito única. Existem mulheres que criam uma fusão maior com o bebê e tem dificuldade de relacionar seu corpo novamente a um corpo sexual, pois é um corpo que guardou um outro ser humano, que amamenta. Existem uma série de tabus e de questões emocionais, sociais e culturais que estão envolvidas no processo do retorno da mulher à vida sexual. Lembrando que é muito singular cada experiência e que demanda muita atenção e cuidado.

12- O que devo levar para o hospital?

 

Os documentos, os exames (principalmente ultrassonografia e os exames de sangue mais atuais), pelo menos três mudas de roupas para o bebê, fralda de RN e P, levar calcinhas/ fraldas que possuem a cintura mais alta e dá uma sustentação no abdômen ou uma calcinha alta, levar meias (pé aquecidos no processo do trabalho de parto é importante). 

 

13- Como posso ajudar minha parceira durante a gravidez?

 

Os parceiros podem ajudar estudando junto com ela, se interessando pelo processo da gestação, do parto e do puerpério, garantindo seu conhecimento para que durante o trabalho de parto e durante o puerpério ele possa fazer esses cuidados sendo de fato uma parceria ativa nesse processo. E não ficar esperando que a mulher traga essas informações para ele (a). Eu, enquanto doula, geralmente convoco essas parcerias para estar junto comigo para que possamos formar uma equipe, eu ensino todos os métodos não farmacológicos de alívio da dor para que sejam utilizados inclusive na gestação. O acompanhante tem um papel importantíssimo, ele é a figura de segurança da mulher e divide com a mulher a responsabilidade que é parir e cuidar de um filho.  

 

14- Qual a diferença entre parto normal e cesariana?

 

O parto normal é o natural, acontece via vaginal e é um parto, a cesariana é uma cirurgia, um procedimento cirúrgico. No parto natural, o bebê tem muito mais vantagens, assim como a mulher também porque ao passar pelo canal vaginal, esse bebê passa pela flora bacteriana da vagina da mãe, então esse bebê já ganha milhares de anticorpos nesse processo de passagem pelo canal vaginal, outra vantagem do parto natural é que o bebê que diz a hora certa de nascer, o bebê está pronto para nascer. A recuperação no parto vaginal é muito mais rápida, no mesmo dia do parto ela já está se movimentando, tendo sua vida ativa preservada e na cesariana não. A cesariana é uma cirurgia e, como toda cirurgia, precisa de maiores cuidados, de um repouso. Quando a cesariana é indicada e necessitada para salvar vidas, ela é super importante, mas uma cesariana que é agendada, que foi por uma escolha/ imposição da mulher ou do obstetra é necessário que se tenha muito cuidado, pois muitas vezes o bebê não está maduro o suficiente para nascer. E os dados estão apresentando uma quantidade alta de bebês que nascem e vão para UTIN, porque certamente eles não estavam maduros o suficiente para nascer e eles precisam de cuidados ainda na UTIN. Eu sei que vivemos em uma sociedade moderna e que as mulheres podem decidir a sua via de nascimento do bebê, mas é necessário que se tenha cuidado com as escolhas e o que essas escolhas podem acarretar tanto para a mulher, quanto para o bebê. Eu, enquanto doula, sugiro que as mulheres se informem e tenham mais segurança para tomar a decisão, porque um parto normal/ natural também traz uma potência de uma força que nós mulheres nem sabíamos que tínhamos e quando conseguimos parir um filho, nos sentimos poderosas, fortalecidas para essa maternidade. Não estou dizendo que uma mulher que passe por uma cesariana não seja tão boa mãe quanto, mas eu falo de um fortalecimento desse feminino, dessa mulher para encarar essa jornada que é o puerpério e os cuidados com um filho. Então a gente se sente muito mais fortalecido quando temos um parto natural, normal, vaginal que é bem acolhido, bem conduzido e bem cuidado.

 

Artigo escrito por

Flavia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

10 melhores hospitais para parto humanizado do Brasil

O parto humanizado ganha cada vez mais espaço nos hospitais e atualmente já é quase um consenso no meio científico. Embora existam diversas definições, já falamos por aqui, que não é sobre a via de parto, mas sim sobre quão o trabalho de parto deve buscar o protagonismo da mãe e evitar intervenções médicas invasivas e desnecessárias. Neste post você vai ver a Lista dos 10 melhores hospitais para parto humanizado do Brasil.

 

1- Casa de Parto Angela

A Casa Angela foi inaugurada em 2009 e completou 15 anos no último mês de fevereiro, mas o início da história começou na década de 1980, com o trabalho de humanização do parto realizado pela parteira alemã Ângela Gehrke da Silva. A Casa fica localizada na zona sul de São Paulo e oferece assistência humanizada ao parto natural. 

A Casa, que é pioneira nas casas de parto no Brasil e é hoje referência nacional em parto humanizado, possui capacidade para receber 40 parturientes ao mês e, desde que foi inaugurada, mais de 3.500 bebês vieram ao mundo, auxiliados por enfermeiras obstetras e obstetrizes. 

Em 800 metros quadrados de área, estão dispostos quatro quartos de parto, dois alojamentos conjuntos para a mãe ficar junto do bebê e da pessoa que a acompanha, além de um salão no qual são realizados encontros de grupos, voltados tanto às gestantes (com uma programação que inclui preparação para o parto, cuidados com o bebê, amamentação e puerpério) quanto às puérperas. O local também possui uma cozinha própria, de onde saem todas as refeições, elaboradas com produtos naturais e seguindo eventuais restrições apontadas no Plano de Parto de cada mulher.

2- Hospital Albert Einstein

O Hospital Albert Einstein foi fundado pela comunidade judaica em 4 de junho de 1955, em São Paulo. A maternidade implantou o programa “Parto Adequado”, que foca na identificação de modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento de forma humanizada, valorizando o parto normal e reduzindo o percentual de cesarianas desnecessárias. 

Os leitos possuem espaços amplos, que oferecem às gestantes privacidade e conforto, além de variados recursos disponíveis para momentos das terapias (com banheira integrada do leito), para procedimentos mais técnicos que requerem mais atenção da equipe médica, evitando então deslocamentos por conta de possíveis intervenções.

Não é sobre a via de parto, mas sim sobre quão o trabalho de parto deve buscar o protagonismo da mãe e evitar intervenções médicas invasivas e desnecessárias

2.1- Hospital Albert Einstein

O Hospital Albert Einstein foi fundado pela comunidade judaica em 4 de junho de 1955, em São Paulo. A maternidade implantou o programa “Parto Adequado”, que foca na identificação de modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento de forma humanizada, valorizando o parto normal e reduzindo o percentual de cesarianas desnecessárias. 

Os leitos possuem espaços amplos, que oferecem às gestantes privacidade e conforto, além de variados recursos disponíveis para momentos das terapias (com banheira integrada do leito), para procedimentos mais técnicos que requerem mais atenção da equipe médica, evitando então deslocamentos por conta de possíveis intervenções.

2.2- Hospital Albert Einstein

O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita lidera o ranking de nascimento de crianças no estado do Rio de Janeiro, com a taxa de um bebê nascido de parto natural a cada 12 horas. Ele vem sendo destaque no que tange à humanização desde o pré-natal até a alta. E a unidade vem adotando várias técnicas de humanização para os recém-nascidos, como yoga, shantala, canguru, banho de ofurô, deixando-o relaxado após tanto esforço que fez para nascer e se adaptar ao meio externo. 

O hospital ainda usa do “polvo terapêutico”, feito de crochê e colocado dentro da incubadora para que a criança interaja naturalmente com os tentáculos, que se assemelham ao cordão umbilical, promovendo a sensação de segurança e conforto. A ideia original é da Dinamarca, onde os pesquisadores descobriram que prematuros que ficavam juntos aos polvos nas suas incubadoras tinham batimentos cardíacos mais regulares, respiração melhor e níveis mais altos de oxigenação em seu sangue. 

3- Hospital Estadual da Mãe de Mesquita

O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita lidera o ranking de nascimento de crianças no estado do Rio de Janeiro, com a taxa de um bebê nascido de parto natural a cada 12 horas. Ele vem sendo destaque no que tange à humanização desde o pré-natal até a alta. E a unidade vem adotando várias técnicas de humanização para os recém-nascidos, como yoga, shantala, canguru, banho de ofurô, deixando-o relaxado após tanto esforço que fez para nascer e se adaptar ao meio externo. 

O hospital ainda usa do “polvo terapêutico”, feito de crochê e colocado dentro da incubadora para que a criança interaja naturalmente com os tentáculos, que se assemelham ao cordão umbilical, promovendo a sensação de segurança e conforto. A ideia original é da Dinamarca, onde os pesquisadores descobriram que prematuros que ficavam juntos aos polvos nas suas incubadoras tinham batimentos cardíacos mais regulares, respiração melhor e níveis mais altos de oxigenação em seu sangue. 

4- Maternidade Leide de Morais

A maternidade Leide de Morais é referência nos partos humanizados em Natal – Rio Grande do Norte. A estrutura física também é outro ponto que merece destaque, já que, vista por cima, é em formato de mandala – símbolo que remete à meditação, divindade, expressão artística, espiritual, elevação e vida. 

Na sua estrutura, a maternidade conta com 36 enfermarias com quatro leitos cada, sendo 15 delas suítes no modelo PPP (Pré-parto, Parto e Pós-Parto), suítes que possuem uma estrutura voltada para o conforto da gestante na hora do parto e também para os acompanhantes, garantindo um atendimento diferenciado e humanizado para partos normais, com assistência, antes, durante e depois do parto, além de contar com um centro cirúrgico, com duas salas.

5- Hospital Virvi Ramos

Recentemente foi montada uma nova estrutura no Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul – Rio Grande do Sul, para abrigar a maternidade referência em parto humanizado, no chamado método Leboyer. 

A metodologia foi criada pelo obstetra francês Frédérik Leboyer e introduzida no Brasil em 1974, pelo obstetra Claudio Basbaum. Nesse parto, também chamado de sem violência, a finalidade é não estressar o bebê, tornando a primeira experiência dele fora do útero menos traumática. E ele também pode ser feito na água, geralmente na banheira e ainda promove o corte do cordão umbilical apenas quando ele para de pulsar, o que facilita a transição da respiração.   

6- Unimed Manaus

Maternidade Unimed Manaus é referência não apenas em parto humanizado, mas também com prematuridade no Amazonas. A Maternidade Unimed Manaus 

funciona há mais de 20 anos e, desde 2013, implantou o Método Canguru, estabelecido como política de saúde no Brasil e considerado como principal modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado. 

Como também, a mãe que deseja ter o bebe por parto natural é acompanhada por uma equipe multidisciplinar, para que o trabalho de parto aconteça da forma mais natural possível. Outra característica importante para ganhar o nome “humanizado” é permitir a presença de acompanhantes em todo o processo. Após o nascimento do bebê, o contato pele com pele e a amamentação na primeira meia hora de vida também integram o conjunto de cuidados humanizados feito pela Maternidade Unimed Manaus. 

7- Hospital Universitário da UFSC

Com quase 30 anos, a maternidade do HU é modelo nacional na assistência, detém, desde 2000, o prêmio Galba de Araújo, que reconhece e premia as instituições que se destacam pelo parto humanizado. Tem ainda o selo de Hospital Amigo da Criança e é Centro de referência Nacional no Método Canguru (linkar com o hospital acima). 

Alguns programas, políticas públicas, grupos formados com profissionais e pacientes, atividades educativas e de orientação fazem parte das inúmeras ações que reforçam o título de humanizado do Hospital Universitário da UFSC. São atividades voltadas para os casais grávidos, para as gestantes e mães, para as famílias e para os recém-nascidos. 

E, além de tudo isso, exerce o importante papel na capacitação de profissionais da área de saúde.

8- Maternidade São Luiz Star

A Maternidade São Luiz Star é considerada uma das mais luxuosas e equipadas no Brasil e fica localizada em São Paulo. Ela prioriza os partos por via vaginal, sempre que este for o desejo da mãe e recomendado pelo médico obstetra. E o índice de partos naturais está tres vezes acima das médias dos hospitais da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados). Um grande diferencial da maternidade é a estrutura para partos humanizados: um pavimento dedicado com salas equipadas com banheira e recursos não medicamentosos que ajudam na hora das contrações. Além de ter a esperada Golden Hour em 90% dos partos, inclusive cesarianas.

9- Hospital Sofia Feldman

O Hospital Sofia Feldman é referência nacional e internacional em boas práticas e assistência ao parto, com um modelo de atendimento humanizado. Popularmente conhecido como “Casa de Parto”, foi construído em 2011 e é a primeira Casa de Parto de Minas Gerais. 

A equipe da maternidade tem como objetivo favorecer uma experiencia unica de nascimento para a mulher, resgatando a autonomia sobre seu corpo, seu papel ativo no trabalho de parto e parto, respeito ao plano de parto, dentre outras iniciativas. Lá, a mulher também pode fazer uso de outros recursos para alívio da dor como massagens, uso de óleos, música, acupuntura e escalda pés. As escolhas da mulher são respeitadas e ela pode assumir a posição (deitada, de cócoras, ajoelhada, de quatro apoios, sentada) e local (cama, banquinho, chuveiro ou banheira) que considerar mais confortável no nascimento.

10- O Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha

O Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha é um dos dez melhores hospitais do Brasil que presta assistência ao parto humanizado conforme as regras da Organização Mundial de Saúde. Há quartos com banheiras para parto dentro d’água e um ambiente estruturado para que a gestante evolua no seu trabalho de parto acompanhada de profissionais e familiares. É um dos poucos hospitais públicos do Brasil que possui doulas voluntárias para oferecer as parturientes apoio físico e emocional no pré-parto, parto e puerpério.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.