Bolonha com criança: confira o nosso roteiro

Nosso terceiro destino italiano foi a cidade de Bolonha. Na verdade, a mamãe aqui queria conhecer a casa do tenor Luciano Pavarotti, em Módena, então no nosso planejamento, a cidade de Bolonha ficava mais próxima para termos como ponto de apoio. Neste link, você consegue ler nosso primeiro roteiro na Itália: conhecendo as Cinque Terre. 

Chegamos em Bolonha vindo de Dubino, de carro, uma distância de 310km. A cidade é considerada a capital gastronômica da Itália, de onde originou o molho bolonhesa e alguns pratos típicos como o tortellini.  

E para criança, é mais uma cidade na Itália cheia de parquinhos, praças e lugares para se divertir. 

 

1- Acomodação 

Escolhemos um hotel no centro da cidade, bem em frente à estação rodoviária, foi o Hotel Mercure Bologna Centro. Os quartos são bem confortáveis e modernos. E possui café da manhã. Eu gosto sempre de alternar entre hotéis e AirBnb nas viagens para também possuir um momento de conforto e de menos preocupação com alimentação das crianças no primeiro momento do dia. 

Com este hotel eu consegui fazer dois dias de Bolonha andando porque ele é bem central. 

2- Preço

Com certeza viajar para Bolonha é mais barato que Milão ou Florença e até Roma. Lá é mais acessível até mesmo para quem viaja com verba mais reduzida. Passamos três dias e fizemos passeios gratuitos, explorando praças, bibliotecas, parquinhos e áreas verdes. O mais caro mesmo foi a acomodação, pagamos cerca de  € 316 os três dias. 

A melhor época para viajar pela Itália (na verdade Europa em geral) é nos meses de novembro a fevereiro (nos fomos em fevereiro), evitando assim a alta temporada. 

3- Locomoção 

Como falei acima, nosso hotel foi bem central justamente para conseguir fazer tudo andando. Como cheguei na cidade de carro, deixei o carro os três dias no estacionamento anexo ao hotel (pago). 

 

Menina de camisa preta comendo
Mia, no hotel e seu café da manhã

4- Alimentação 

Já falei por aqui que por muitas vezes gosto de alternar entre hotel e airbnb para conseguir aproveitar o plus do hotel de ter o café da manhã. Então conseguimos tomar um café da manhã reforçado e almoçar um pouco mais tarde. Nos restaurantes em Bolonha, é comum ver o menu do dia por cerca de €12. 

Em um dos dias almoçamos nos Eataly de Bolonha, mas não recomendo muito ir com criança por ser um espaço pequeno (isso se for na área de cima como fomos), mas eles também possuem uma área fora. 

 

Nosso roteiro 

Dia 1 – conhecendo o centro da cidade 

Chegamos ao hotel depois da casa do Luciano Pavarotti por volta das 15h. Fomos almoçar na estação rodoviária e seguimos para o Parco della Montagnola, o parque mais antigo de Bolonha. Por lá encontramos um parquinho. Quando me perguntam sobre certos lugares para crianças, eu sempre respondo que qualquer cidade que tenha um parquinho ou uma área verde pode ser bom para crianças. Nesta matéria mostramos a importância da brincadeira ao ar livre para as crianças. 

Dia 2 – Salaborsa: uma biblioteca dos sonhos 

No segundo dia, fomos conhecer a biblioteca Salaborsa. Ela possui uma super seção para crianças e bebês, totalmente adaptada com livros, jogos e atividades interativas, além de possuir acesso livre para todos. E também tem um chão de vidro e embaixo estão as ruínas que podem ser visitadas gratuitamente. Ah! E tem wifi gratuito. 

 

menina correndo numa biblioteca com seu livro
Mia explorando a Biblioteca Salaborsa

Encontramos um ótimo local para passar um turno. Ela fica localizada no histórico Palazzo d’Accursio, próximo à Piazza Maggiore. 

Quando saímos da biblioteca, fomos andar pela Piazza Maggiore, que é a praça principal do centro histórico de Bolonha e é nela que estão muitos dos pontos turísticos mais icônicos da cidade. A Fontana del Nettuno, a Basílica de San Petrônio e o Palazzo dei Banchi. 

Logo após, fomos almoçar no Eataly de Bolonha, que fica em cima na livraria Ambasciatori. Depois passamos um tempo na livraria na área de livros para os pequenos. 

Dia 3 – Dia de Mast (Fondazione MAST)

Definitivamente o Mast virou aquele lugar que não dá para deixar de ir em Bolonha. Um museu bem interativo que deixa crianças e adultos entretidos. E com arte moderna de graça, já que a entrada é gratuita. 

 

menina andando num corredor com luzes
Mia no Mast

Logo depois que saímos do Mast, pegamos a estrada que nos levaria para o nosso proximo destino: Florença, Florence, Firenze 🙂 meu destino mais aguardado da Itália. 

E, sim, Bolonha vale muito a pena conhecer e bem mais com criança. A cidade é um destino turístico interessante por diversos motivos, como sua rica história, arquitetura marcante, gastronomia deliciosa e atmosfera animada de cidade universitária.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Viajando com bebê menor de um ano: dicas utéis

Primeira viagem do meu bebê: com três meses de vida! Isso mesmo! Fizemos o trajeto de Malta até o Brasil, com direito a um stopover em Paris, um plus na Disney, um evento familiar no Rio de Janeiro até chegar em Aracaju, nosso destino final. Portanto, neste artigo eu vou te dar dicas úteis de como planejar uma viagem com um bebê tão pequeno. Ou seja, tudo que não pode faltar neste momento desafiador.

Lembrando que o mais importante é ter em mente que a segurança e o conforto do bebê devem ser sempre prioridade. Portanto, um planejamento cuidadoso é essencial para garantir o conforto do pequeno. Além disso, se antecipar a possíveis desafios e situações que podem causar estresse nos pais e no bebê também pode minimizar essas situações desagradáveis. 

 

1- Passagem 

O maior motivo que me fez viajar tanto com meus filhos com menos de dois anos é que: em viagens domésticas pelo Brasil, bebês de até dois anos podem viajar no colo, sem a necessidade de comprar uma passagem separada. Já em viagens internacionais, eles pagam uma porcentagem (depende da companhia aérea). Apesar disso,  lembre-se de incluir seu bebê na reserva mesmo assim para ter direito a ter carrinho/ bebê conforto despachados (ou entregues na porta do portão) gratuitamente.  

 

2- Documentos

Uma pastinha com todos os documentos do bebê é fundamental. Se não conseguir tirar o RG (no caso de brasileiros) a tempo, leve a certidão de nascimento ou até mesmo o passaporte. E se tiver viajando sem o pai, uma autorização de viagem. Se for para destinos internacionais, verifique se precisa de visto. 

 

3- Pediatra 

Antes da viagem, sugiro que você faça uma visita ao pediatra para tirar todas as dúvidas e pegar a receita de medicações. Além disso, alguns bebês sofrem de dor de ouvido na decolagem e no pouso, minha sugestão é que você ofereça o peito ou uma mamadeira/ chupeta nesses momentos. Em outras palavras, a sucção alivia o incômodo causado. 

 

4- Mala de mão 

Escolha bem a sua mochila/ mala que estará com você no avião. Dê preferência a uma mochila que você coloque nas costas. Pode parecer bobagem, mas você com certeza irá precisar das duas mãos quando for viajar de avião com seu bebê. Por exemplo, use uma mochila espaçosa, com compartimentos para que você consiga encontrar as coisas de forma mais fácil. Não esqueça de uma quantidade boa de fraldas, e, pelo menos, três trocas de roupa, lenço umedecido, brinquedos, remédios, manta. 

 

5- Líquidos/ alimentação 

Sabe aquela regra dos 100ml e 100g? Ela não é válida quando você tem um bebê de até dois anos. Você pode levar sua água na garrafa, a mamadeira com leite, comida, shampoo, sabonete líquido. Lembre-se de avisar que é para o bebê. 

Além disso, ainda no avião, os comissários podem esquentar a água para você, ainda mais nos voos mais longos. 

 

6- Carrinho 

Você pode escolher em levar o carrinho até a porta do avião ou despachar junto com as malas. Eu já fiz das duas formas e depende muito mais da quantidade de malas de mão que estavam comigo em cada viagem. Nas vezes que despachei junto das malas, meu bebê estava no canguru,  o que facilitou muito. Se você escolher levar o carrinho até a porta do avião, você pode solicitar que seja entregue na saída do voo, mas algumas vezes esse pedido não é atendido e você vai encontrar seu carrinho junto com as malas ou na área de bagagem fora do padrão. 

 

mulher com um bebê menor de um ano no canguru e segurando a mão de uma menina menor em um aeroporto
Eu viajando com Andrea aos três meses no canguru e com Mia

7- Horário 

Se existe algo que pode fazer toda a diferença na tranquilidade da viagem é escolher o horário certo para viajar. No caso de bebê tão pequeno, como dorme mais, você pode ter mais facilidade de acomodá-lo para dormir. Mas no caso de bebês maiores, o ideal é optar por horários que eles estejam mais descansados, mesmo se o voo for noturno, ele estará mais tranquilo para relaxar e dormir o voo inteiro. Além disso, cada criança é única e tem as suas próprias preferências. Portanto, escolha um horário que mais se adapte a sua criança. 

 

8- Alimentação 

Ainda mais, outra situação que pode dar um choro inconsolável nos bebês é a fome. Portanto, garanta a alimentação do bebê. Se o bebê mama, lembre-se de estar vestida com roupas confortáveis e de fácil abertura. Se for fórmula, lembre-se de levar uma quantidade a mais de leite. Se o bebê já iniciou a introdução alimentar, lembre-se de levar frutas/ vegetais que são mais fáceis de comer e sujam menos como: uva, banana, morango, maçã, pera, brócolis e alguns snacks como biscoito de arroz, panqueca de banana. Neste link você pode ter acesso aos cortes do BLW seguros, o que é de suma importância. Lembre da água e de evitar alimentos gordurosos e com alto teor de açúcar, que pode causa mal estar. 

Portanto, ao concluir essa leitura e seguir as dicas, tenho certeza que você estará preparado para viajar com seu bebê pequeno de uma forma mais tranquila. A gente segue de cá torcendo para que seja uma ótima viagem para toda família. 

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.