Natação para bebês: benefícios e dicas para pais

Desde que eu estava gestante da minha primeira filha Mia eu dizia: “assim que ela tiver seis meses já irá iniciar a natação”. Portanto, assim foi feito, não iniciou com seis meses por conta da pandemia, mas iniciou com sete meses e segue até hoje com cinco anos. E Andrea, o mais novo, ja iniciou com cinco meses. 

Eu sempre tive o pensamento que quando mais cedo o bebê entrar ter contato com a água, mais facilidade ele terá para nadar e para ter segurança dentro da água e não se afogar. Depois o primeiro professor de natação de Mia me disse que o reflexo natatório é mais forte no primeiro ano de vida e ao longo do tempo esse reflexo vai sendo esquecido.

Por este motivo, no artigo de hoje trouxemos a professora Nathalia Pereira, especialista em natação para bebês, para responder as maiores dúvidas dos pais em relação ao tema.  

1- Qual é a idade mínima para o bebê iniciar a natação?

A maioria dos especialistas recomenda que os bebês iniciem a natação a partir dos 6 meses de idade, quando já possuem mais controle sobre os movimentos da cabeça e pescoço e já tomaram as principais vacinas. No entanto, já existem professores que iniciam as atividades aquáticas com menos idade, para isso é necessário as aulas serem nas casas dos alunos e em um ambiente bem mais protegido. 

2-Quais são os benefícios da natação para bebês?

Estimula o desenvolvimento motor e cognitivo, melhora a coordenação e o equilíbrio, fortalece músculos e articulações. Além de, estimular o vínculo entre bebê e pais, ajudar na socialização e adaptação em novos ambientes e pode contribuir para o relaxamento e melhora do sono.

3- Como você garante a segurança dos bebês durante as aulas de natação?

Aulas são sempre supervisionadas por profissionais qualificados, a presença dos pais ou responsáveis dentro ou próximo à piscina, uso de piscinas adaptadas para bebês (temperatura adequada, profundidade segura), ainda mais existe a limitação no número de alunos por turma.

4- Como você adapta as aulas de natação para atender às necessidades individuais de cada bebê?

Sabemos que cada bebê tem seu próprio ritmo, então as aulas são planejadas para respeitar o tempo de adaptação de cada criança. Usamos também atividades lúdicas que incentivam o aprendizado. Acima de tudo, observamos os sinais de desconforto ou cansaço. Propomos estímulos específicos de acordo com a idade e habilidades motoras. E ainda estamos sempre atentos e em alinhamento nas orientações dos pais ou responsáveis.

criança apontando o dedo para foto e homem vestido de preto segurando
Pai e criança na aula de natação

5- Quais são as precauções de segurança tomadas para prevenir acidentes durante as aulas de natação?

Monitoramento constante por profissionais, regras claras de entrada e saída da piscina, ambiente antiderrapante ao redor da piscina, além de higienização rigorosa da água e dos equipamentos e nunca deixar o bebê sozinho em nenhum momento.

6- Como você ajuda os bebês a se sentirem confortáveis e seguros na água?

Temos uma introdução gradual e lúdica, a presença dos pais durante as aulas transmite segurança ao bebê, fazemos brincadeiras com brinquedos aquáticos e usamos músicas. Além de dinâmicas leves para tornar a experiência prazerosa.

7- Como a natação pode ajudar no desenvolvimento motor do meu bebê?

A água oferece resistência suave, ajudando o bebê a: ampliar a força muscular, desenvolver a coordenação motora fina e grossa, além de aprender movimentos bilaterais (usar os dois lados do corpo) e estimular reflexos e noções de espaço.

8- A natação pode ser benéfica para bebês prematuros ou com necessidades especiais?

Sim. A natação é frequentemente indicada nesses casos, desde que haja liberação médica. Ela pode: estimular o desenvolvimento motor, melhorar a respiração e a resistência, promover interação social e sensorial, além de aumentar a confiança do bebê e dos pais.

 

Portanto, a natação para bebês é uma atividade maravilhosa para incluir na rotina do seu bebê e que também proporciona inúmeros benefícios para o desenvolvimento físico, emocional e social dele. 

Além de ser uma ótima forma de iniciar a vida esportiva, já estudos mostram que a natação em si aumenta a amplitude de movimento, reduz a dor nas articulações, aumenta a flexibilidade, melhora a postura e muito mais. Ela vai ajudar a fortalecer a confiança e a autoestima do seu bebê, além de criar um vínculo especial entre o cuidador que estará na água e o bebê, já que passarão esse tempo de qualidade juntos. 

E com as dicas da professora Nathalia, vocês, pais, mães e cuidadores, podem se sentir seguros e preparados para iniciar essa jornada aquática

Entrevistada

Nathalia Pereira, formada em Educação Física e especialista em natação para bebês, com mais de 15 anos de experiência na área aquática. Apaixonada por desenvolver a adaptação e o amor pela água desde os primeiros meses de vida, unindo técnica, carinho e segurança em cada aula.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Bolonha com criança: confira o nosso roteiro

Nosso terceiro destino italiano foi a cidade de Bolonha. Na verdade, a mamãe aqui queria conhecer a casa do tenor Luciano Pavarotti, em Módena, então no nosso planejamento, a cidade de Bolonha ficava mais próxima para termos como ponto de apoio. Neste link, você consegue ler nosso primeiro roteiro na Itália: conhecendo as Cinque Terre. 

Chegamos em Bolonha vindo de Dubino, de carro, uma distância de 310km. A cidade é considerada a capital gastronômica da Itália, de onde originou o molho bolonhesa e alguns pratos típicos como o tortellini.  

E para criança, é mais uma cidade na Itália cheia de parquinhos, praças e lugares para se divertir. 

 

1- Acomodação 

Escolhemos um hotel no centro da cidade, bem em frente à estação rodoviária, foi o Hotel Mercure Bologna Centro. Os quartos são bem confortáveis e modernos. E possui café da manhã. Eu gosto sempre de alternar entre hotéis e AirBnb nas viagens para também possuir um momento de conforto e de menos preocupação com alimentação das crianças no primeiro momento do dia. 

Com este hotel eu consegui fazer dois dias de Bolonha andando porque ele é bem central. 

2- Preço

Com certeza viajar para Bolonha é mais barato que Milão ou Florença e até Roma. Lá é mais acessível até mesmo para quem viaja com verba mais reduzida. Passamos três dias e fizemos passeios gratuitos, explorando praças, bibliotecas, parquinhos e áreas verdes. O mais caro mesmo foi a acomodação, pagamos cerca de  € 316 os três dias. 

A melhor época para viajar pela Itália (na verdade Europa em geral) é nos meses de novembro a fevereiro (nos fomos em fevereiro), evitando assim a alta temporada. 

3- Locomoção 

Como falei acima, nosso hotel foi bem central justamente para conseguir fazer tudo andando. Como cheguei na cidade de carro, deixei o carro os três dias no estacionamento anexo ao hotel (pago). 

 

Menina de camisa preta comendo
Mia, no hotel e seu café da manhã

4- Alimentação 

Já falei por aqui que por muitas vezes gosto de alternar entre hotel e airbnb para conseguir aproveitar o plus do hotel de ter o café da manhã. Então conseguimos tomar um café da manhã reforçado e almoçar um pouco mais tarde. Nos restaurantes em Bolonha, é comum ver o menu do dia por cerca de €12. 

Em um dos dias almoçamos nos Eataly de Bolonha, mas não recomendo muito ir com criança por ser um espaço pequeno (isso se for na área de cima como fomos), mas eles também possuem uma área fora. 

 

Nosso roteiro 

Dia 1 – conhecendo o centro da cidade 

Chegamos ao hotel depois da casa do Luciano Pavarotti por volta das 15h. Fomos almoçar na estação rodoviária e seguimos para o Parco della Montagnola, o parque mais antigo de Bolonha. Por lá encontramos um parquinho. Quando me perguntam sobre certos lugares para crianças, eu sempre respondo que qualquer cidade que tenha um parquinho ou uma área verde pode ser bom para crianças. Nesta matéria mostramos a importância da brincadeira ao ar livre para as crianças. 

Dia 2 – Salaborsa: uma biblioteca dos sonhos 

No segundo dia, fomos conhecer a biblioteca Salaborsa. Ela possui uma super seção para crianças e bebês, totalmente adaptada com livros, jogos e atividades interativas, além de possuir acesso livre para todos. E também tem um chão de vidro e embaixo estão as ruínas que podem ser visitadas gratuitamente. Ah! E tem wifi gratuito. 

 

menina correndo numa biblioteca com seu livro
Mia explorando a Biblioteca Salaborsa

Encontramos um ótimo local para passar um turno. Ela fica localizada no histórico Palazzo d’Accursio, próximo à Piazza Maggiore. 

Quando saímos da biblioteca, fomos andar pela Piazza Maggiore, que é a praça principal do centro histórico de Bolonha e é nela que estão muitos dos pontos turísticos mais icônicos da cidade. A Fontana del Nettuno, a Basílica de San Petrônio e o Palazzo dei Banchi. 

Logo após, fomos almoçar no Eataly de Bolonha, que fica em cima na livraria Ambasciatori. Depois passamos um tempo na livraria na área de livros para os pequenos. 

Dia 3 – Dia de Mast (Fondazione MAST)

Definitivamente o Mast virou aquele lugar que não dá para deixar de ir em Bolonha. Um museu bem interativo que deixa crianças e adultos entretidos. E com arte moderna de graça, já que a entrada é gratuita. 

 

menina andando num corredor com luzes
Mia no Mast

Logo depois que saímos do Mast, pegamos a estrada que nos levaria para o nosso proximo destino: Florença, Florence, Firenze 🙂 meu destino mais aguardado da Itália. 

E, sim, Bolonha vale muito a pena conhecer e bem mais com criança. A cidade é um destino turístico interessante por diversos motivos, como sua rica história, arquitetura marcante, gastronomia deliciosa e atmosfera animada de cidade universitária.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Criança e astrologia: como usar o mapa astral na educação do seu filho

O mapa astral é uma uma fotografia do céu no exato momento do nascimento e compreende 12 casas, cada uma simbolizando uma área da vida, como identidade, espiritualidade, carreira… Além disso, o mapa astral revela muito sobre o seu filho, incluindo seus pontos fortes, desafios e como ele se relaciona com os outros. 

Em outras palavras, estudar o mapa astral das nossas crianças permite que os pais compreendam o temperamento, personalidade e necessidades. É sobre isso que iremos falar com a nossa entrevistada, a astróloga, Fhove do Amor. 

1 – Como você se tornou uma astróloga?

Minha trajetória começou em 2015, quando decidi me mudar do Brasil para Sydney. Não foi apenas uma mudança de país, foi um salto no desconhecido, buscando algo com mais significado e conexão com algo maior. Naquela época, eu me sentia perdida profissionalmente, sem realização, mas havia uma inquietação interna que me empurrava a questionar tudo e buscar respostas.

Em 2016, durante meu Retorno de Saturno, comprei um deck de tarot sem grandes expectativas. Foi um gesto simples, mas acabou abrindo portas para um universo totalmente novo. O tarot me levou ao estudo da astrologia, da psicologia profunda e de filosofias orientais. Aos poucos, isso deixou de ser apenas uma pesquisa pessoal para se tornar uma vocação. Entre 2017 e 2019, mergulhei em cursos, leituras, consultas com mentores e práticas de meditação e yoga. Foi um período intenso de aprendizado e autoconhecimento.

Só em 2020 decidi assumir a astrologia e o tarot como profissão. Desde então, meu trabalho é resultado de estudo, prática e experiência de vida. A maternidade também entrou nesse laboratório, me ensinando paciência, adaptação e compreensão da complexidade humana. Hoje, meu objetivo é ajudar as pessoas a se reconectarem com sua essência e a encontrarem clareza e propósito em suas vidas.

2 – Qual é a sua abordagem em uma consulta de astrologia?

Minha abordagem é moderna, evolucionária e simbólica. Cada mapa é como uma história da alma, mostrando talentos, desafios e padrões que precisam ser integrados. Não é sobre prever o futuro ou rotular alguém. Por exemplo, se alguém tem Marte em Gêmeos, não é só “você se comunica de forma impulsiva”, mas sim que essa energia pede ação através da comunicação, debates e trocas de ideias. Ou se alguém tem Lua em Escorpião, pode sentir emoções muito profundas, e juntas podemos transformar essa intensidade em autoconhecimento e criatividade.

Eu busco criar um espaço seguro e acolhedor, onde a pessoa consiga enxergar padrões antes invisíveis. Pais, por exemplo, muitas vezes descobrem por que certos desafios com os filhos se repetem ou quais talentos precisam ser estimulados. No tarot, o processo é parecido: cada carta abre reflexões sobre escolhas, medos e oportunidades. Cada leitura é personalizada e nunca determinista; o mapa mostra possibilidades, não um destino fixo.

3 – Quais são os benefícios de uma consulta de astrologia?

Uma consulta astrológica ajuda a trazer clareza sobre ciclos de vida, momentos de mudança e decisões importantes. Amplia o autoconhecimento, revelando temperamento, talentos e potenciais que nem sempre percebemos. Por exemplo, um pai pode descobrir que seu filho precisa de estímulos diferentes para aprender ou lidar melhor com as emoções, sem que isso seja um rótulo.

Também é uma forma de olhar os desafios como oportunidades de crescimento e descobrir o propósito de vida, alinhando escolhas com valores pessoais. A consulta funciona como um espelho simbólico: ilumina caminhos e significados, mas quem decide o passo a passo é sempre a própria pessoa.

4 – Como você prepara uma consulta de astrologia?

Tudo começa com os dados de nascimento: dia, hora e local, fundamentais para montar o mapa natal. Depois, procuro entender o foco do consulente, que pode ser carreira, relacionamentos, propósito ou um período de transição. A partir daí, começo o chart gazing, um olhar reflexivo sobre símbolos, aspectos e padrões, integrando técnica, intuição e psicologia profunda.

Durante a consulta, apresento essas leituras de forma acessível, com espaço para diálogo e reflexão. Após o encontro, envio materiais de apoio, como o mapa e anotações, para que a pessoa possa revisitar os pontos importantes. Tudo é feito com confidencialidade e respeito, porque cada mapa revela camadas íntimas da jornada de cada um.

mapa astrologico num papel branco
Foto de Meizhi Lang na Unsplash

 

5 – Como a astrologia pode ajudar os pais a entender melhor as necessidades e características de seus filhos?

O mapa infantil não serve para rotular ou limitar a criança, mas para ajudar os pais a compreenderem temperamento, personalidade e necessidades individuais. Por exemplo, a Casa 5 no mapa dos pais mostra como eles expressam criatividade e prazer, o que se reflete na forma como se relacionam com os filhos.

O mapa da criança revela vitalidade, formas de aprender, como se sente nutrida e como se relaciona com os outros. Mercúrio mostra como ela aprende e se comunica; Marte, como age para alcançar objetivos; Vênus, como expressa afeto; e Júpiter e Saturno indicam talentos, oportunidades e limites. Às vezes faço também a sinastria entre pais e filhos, para perceber diferenças de temperamento e sugerir formas de harmonizar a convivência. Tudo isso ajuda os pais a criarem um ambiente mais consciente, respeitando o ritmo e a individualidade da criança.

6 – Qual é o papel do signo solar e dos planetas na personalidade de uma criança?

O Sol mostra a essência da criança, sua criatividade e como irradia vitalidade, especialmente na relação com a figura paterna. A Lua indica necessidades emocionais, segurança e vínculo com a mãe. Outros planetas complementam a leitura: Mercúrio revela estilo de aprendizagem e comunicação, Marte mostra energia e impulso, Vênus indica relações e talentos, Júpiter aponta áreas de expansão e Saturno desafios e limites. Urano, Netuno e Plutão representam influências mais profundas que se manifestam ao longo da maturidade.

Observar tudo isso permite que os pais compreendam melhor os talentos, desafios e formas de expressão da criança, criando um ambiente de desenvolvimento saudável e consciente.

7 – Como a astrologia pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades sociais e lidar com desafios emocionais?

O mapa ajuda os pais a entenderem potenciais e pontos de sensibilidade dos filhos. Por exemplo, uma criança mais introspectiva pode precisar de estímulos graduais para se expressar, enquanto outra com Marte forte se beneficia de atividades que ensinem cooperação e manejo da frustração. O objetivo não é rotular, mas oferecer suporte empático e consciente, fortalecendo habilidades sociais e emocionais e respeitando a individualidade de cada criança.

8 – Qual é o papel da educação astrológica na infância?

Não se trata de ensinar signos ou previsões, mas de usar a astrologia como ferramenta de compreensão. Ajuda pais e educadores a perceber talentos, temperamentos e necessidades individuais, ajustando o ambiente de aprendizado e convivência. A Casa 5, por exemplo, mostra como a criança se diverte e explora o mundo; a Casa 2 ou 4 indica relação com a base familiar; e a 3ª e 9ª casas revelam como ela se conecta com ideias e conhecimentos.

Essa abordagem promove consciência de ciclos, reconhecimento de padrões e respeito à individualidade. É mais sobre criar um diálogo simbólico entre criança, pais e mundo, cultivando autoconhecimento, empatia e sensibilidade desde cedo.

Por fim, depois dessa explicação, concluímos que sim, a astrologia em crianças pode ser uma ferramenta poderosa para entendê-las. Ao ler e entender o mapa astral de uma criança, os pais podem ter uma nova percepção sobre os potenciais e desafios, facilitando a educação da mesma.

Entrevistada

Fhove, mãe de Chloe e de Eliza, astróloga e taróloga, criadora do Numinous Soul, um projeto de alma voltado ao autoconhecimento, à espiritualidade e à evolução interior. Tem como propósito ajudar pessoas a compreenderem seus ciclos de vida, despertarem talentos e viverem com mais consciência e significado. Atende on-line e presencialmente, em português e inglês, para brasileiros e estrangeiros que buscam clareza, cura e direção em sua jornada.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Viajando com bebê menor de um ano: dicas utéis

Primeira viagem do meu bebê: com três meses de vida! Isso mesmo! Fizemos o trajeto de Malta até o Brasil, com direito a um stopover em Paris, um plus na Disney, um evento familiar no Rio de Janeiro até chegar em Aracaju, nosso destino final. Portanto, neste artigo eu vou te dar dicas úteis de como planejar uma viagem com um bebê tão pequeno. Ou seja, tudo que não pode faltar neste momento desafiador.

Lembrando que o mais importante é ter em mente que a segurança e o conforto do bebê devem ser sempre prioridade. Portanto, um planejamento cuidadoso é essencial para garantir o conforto do pequeno. Além disso, se antecipar a possíveis desafios e situações que podem causar estresse nos pais e no bebê também pode minimizar essas situações desagradáveis. 

 

1- Passagem 

O maior motivo que me fez viajar tanto com meus filhos com menos de dois anos é que: em viagens domésticas pelo Brasil, bebês de até dois anos podem viajar no colo, sem a necessidade de comprar uma passagem separada. Já em viagens internacionais, eles pagam uma porcentagem (depende da companhia aérea). Apesar disso,  lembre-se de incluir seu bebê na reserva mesmo assim para ter direito a ter carrinho/ bebê conforto despachados (ou entregues na porta do portão) gratuitamente.  

 

2- Documentos

Uma pastinha com todos os documentos do bebê é fundamental. Se não conseguir tirar o RG (no caso de brasileiros) a tempo, leve a certidão de nascimento ou até mesmo o passaporte. E se tiver viajando sem o pai, uma autorização de viagem. Se for para destinos internacionais, verifique se precisa de visto. 

 

3- Pediatra 

Antes da viagem, sugiro que você faça uma visita ao pediatra para tirar todas as dúvidas e pegar a receita de medicações. Além disso, alguns bebês sofrem de dor de ouvido na decolagem e no pouso, minha sugestão é que você ofereça o peito ou uma mamadeira/ chupeta nesses momentos. Em outras palavras, a sucção alivia o incômodo causado. 

 

4- Mala de mão 

Escolha bem a sua mochila/ mala que estará com você no avião. Dê preferência a uma mochila que você coloque nas costas. Pode parecer bobagem, mas você com certeza irá precisar das duas mãos quando for viajar de avião com seu bebê. Por exemplo, use uma mochila espaçosa, com compartimentos para que você consiga encontrar as coisas de forma mais fácil. Não esqueça de uma quantidade boa de fraldas, e, pelo menos, três trocas de roupa, lenço umedecido, brinquedos, remédios, manta. 

 

5- Líquidos/ alimentação 

Sabe aquela regra dos 100ml e 100g? Ela não é válida quando você tem um bebê de até dois anos. Você pode levar sua água na garrafa, a mamadeira com leite, comida, shampoo, sabonete líquido. Lembre-se de avisar que é para o bebê. 

Além disso, ainda no avião, os comissários podem esquentar a água para você, ainda mais nos voos mais longos. 

 

6- Carrinho 

Você pode escolher em levar o carrinho até a porta do avião ou despachar junto com as malas. Eu já fiz das duas formas e depende muito mais da quantidade de malas de mão que estavam comigo em cada viagem. Nas vezes que despachei junto das malas, meu bebê estava no canguru,  o que facilitou muito. Se você escolher levar o carrinho até a porta do avião, você pode solicitar que seja entregue na saída do voo, mas algumas vezes esse pedido não é atendido e você vai encontrar seu carrinho junto com as malas ou na área de bagagem fora do padrão. 

 

mulher com um bebê menor de um ano no canguru e segurando a mão de uma menina menor em um aeroporto
Eu viajando com Andrea aos três meses no canguru e com Mia

7- Horário 

Se existe algo que pode fazer toda a diferença na tranquilidade da viagem é escolher o horário certo para viajar. No caso de bebê tão pequeno, como dorme mais, você pode ter mais facilidade de acomodá-lo para dormir. Mas no caso de bebês maiores, o ideal é optar por horários que eles estejam mais descansados, mesmo se o voo for noturno, ele estará mais tranquilo para relaxar e dormir o voo inteiro. Além disso, cada criança é única e tem as suas próprias preferências. Portanto, escolha um horário que mais se adapte a sua criança. 

 

8- Alimentação 

Ainda mais, outra situação que pode dar um choro inconsolável nos bebês é a fome. Portanto, garanta a alimentação do bebê. Se o bebê mama, lembre-se de estar vestida com roupas confortáveis e de fácil abertura. Se for fórmula, lembre-se de levar uma quantidade a mais de leite. Se o bebê já iniciou a introdução alimentar, lembre-se de levar frutas/ vegetais que são mais fáceis de comer e sujam menos como: uva, banana, morango, maçã, pera, brócolis e alguns snacks como biscoito de arroz, panqueca de banana. Neste link você pode ter acesso aos cortes do BLW seguros, o que é de suma importância. Lembre da água e de evitar alimentos gordurosos e com alto teor de açúcar, que pode causa mal estar. 

Portanto, ao concluir essa leitura e seguir as dicas, tenho certeza que você estará preparado para viajar com seu bebê pequeno de uma forma mais tranquila. A gente segue de cá torcendo para que seja uma ótima viagem para toda família. 

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Fotografia newborn: você sabe o que é isso?

Com certeza você já deve ter visto nas redes sociais aquelas fotos dos ensaios dos bebês recém-nascidos super fofos! Eu mesma fiz com a minha primeira filha. Nas fotos, o recém-nascido pode ficar sem roupinha ou enrolado em uma mantinha ou colocado deitado em um cestinho. O nome desse ensaio é NewBorn e apesar do nome significar recém-nascido em inglês, as fotos não são feitas apenas do recém-nascido, mas dos pais e dos irmãos. 

A modalidade surgiu nos Estados Unidos e chegou no Brasil por volta do ano de 2010. Porém, é uma sessão onde apenas fotógrafos qualificados e capacitados deveriam oferecer para não expor o recém-nascido a riscos, pois seu sistema imunológico está em formação e a estrutura dele ainda é muito frágil e requer cuidados. 

No entanto, todas as vezes que converso sobre isso com alguém eu vejo as dúvidas e perguntas que surgem. Por este motivo, nossa entrevistada de hoje é Fernanda Andrade, a tia Nanda. Que juntamente com Juliana Maia, fazem parte da Ju Maia Fotografia.

 

1- O que é fotografia newborn? E por que fazer?


A fotografia newborn é a arte de registrar os primeiros dias de vida do seu bebê, um período que passa rápido demais. É mais do que apenas fotos bonitas, são memórias eternizadas da fragilidade, pureza e delicadeza que só existem nessa fase. Esses registros se tornam um tesouro para a família, que no futuro vai olhar e reviver cada detalhe: os dedinhos minúsculos, o suspiro tranquilo, o cheirinho de recém-nascido que a imagem parece trazer de volta.

2- O que devo saber antes de contratar um fotógrafo newborn?

Antes de escolher um fotógrafo, é importante que ele tenha experiência específica com recém-nascidos. Não é apenas sobre saber fotografar, mas sobre compreender o ritmo, as necessidades e os cuidados com o bebê. Verifique portfólio, referências e principalmente, se o profissional prioriza a segurança antes de qualquer foto. Aqui no estúdio da Jumaiafotografia é a nossa prioridade, somos fisioterapeutas e temos o conhecimento da fisiologia e cuidados com o bebê.

3- Quando fazer o ensaio newborn?


O ideal é entre 5 e 15 dias de vida. Nesse período, o bebê ainda mantém a postura fetal, dorme mais profundamente e é mais fácil posicioná-lo com conforto e segurança. Depois dessa fase, o ensaio continua sendo possível, mas as poses e o comportamento do bebê já mudam um pouquinho. Aqui no estúdio realizamos até 30 dias do bebê.

4- Como você garante a segurança e o conforto do bebê durante a sessão de fotografia?


Segurança é sempre a prioridade. As poses são feitas sempre de forma segura, respeitando a anatomia e os limites do bebê. O ambiente é higienizado, aquecido na temperatura ideal e todo o manuseio é feito com delicadeza e apoio seguro. Em algumas poses, usamos técnicas de edição para criar efeitos, evitando colocar o bebê em situações arriscadas.

5- Quais são os equipamentos e técnicas que você utiliza para capturar as melhores imagens?


Utilizamos câmeras e lentes profissionais que permitem captar cada detalhe com nitidez e suavidade. A iluminação é feita com luz natural e com Led para não incomodar o bebê, e o cenário é pensado para valorizar a beleza e a delicadeza dessa fase. 

duas mulheres de camisa branca tocando em um recém nascido
Fernanda e Juliana no ensaio da Mia

6- Como você trabalha com os pais para entender suas expectativas e preferências para a sessão de fotografia?


Antes do ensaio, conversamos com os pais para entender suas histórias, gostos e sonhos. Para saber o que é importante para eles: Os cenários que gostam, um detalhe, um objeto especial. Assim, o ensaio fica com a cara da família, não apenas mais um trabalho no meu portfólio.

7- Quais são os principais desafios que você enfrenta ao fotografar recém-nascidos e como você supera?

O maior desafio é que o bebê é o protagonista e ele dita o ritmo. Choro, mamadas e trocas de fralda fazem parte, e está tudo bem. A paciência e o respeito ao tempo do bebê são fundamentais. Cada pausa é um momento de conexão e cuidado, e muitas vezes é nesses intervalos que acontecem as inúmeras trocas de experiências, dicas, ensinamos técnicas que vão ajudar muito às mamães e papais

8- Você tem alguma dica para os pais que estão planejando uma sessão de fotografia newborn?


Sim! Marquem o ensaio antes do bebê nascer, para garantir agenda e tranquilidade. No dia, venham sem pressa, preparados para um momento leve, com pausas para mamadas e carinho. Confiem no processo e aproveitem para se emocionar, porque, no futuro, essas imagens serão um presente que vocês e o bebê vão abrir de novo e de novo.

 

O que realmente eu senti e sinto quando vejo as fotos do ensaio da minha filha é isso: uma experiência única. Momentos preciosos e de muita delicadeza.





Entrevistada

Fernanda Andrade

Fernanda Andrade é apaixonada pela fotografia e por crianças, tem um jeito muito especial para lidar com elas. Com formação em fisioterapia tem o conhecimento funcional e fisiológico dos recém nascidos e bebês. E também arrasa nas produções dos cenários. @jumaiafotografia



mulher de roupa branca com a mão no queixo

Entrevistada

Juliana Maia sempre foi apaixonada pela fotografia, por tudo o que uma imagem pode representar na vida de cada pessoa. Se especializou através de cursos, especificamente para fotografia de recém nascidos. Tem formação em fisioterapia, sempre amou trabalhar com crianças na área de pediatria neurológica, e hoje une paixões à arte de registrar emoções. @jumaiafotografia

Escrito por

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto. @flaviaoliveiragalleti

Desenvolvimento do bebê: dicas e respostas da pediatra Dra. Maria Bahia

Quando falamos sobre desenvolvimento do bebê, é super normal que, nós, mães e pais tenhamos muitas dúvidas e perguntas para fazer aquele pediatra que confiamos.

São dúvidas sobre alimentação, peso, cólicas, comunicação… E desde a primeira gargalhada, aos primeiros passos e as primeiras palavras, cada etapa é um grande acontecimento da vida do seu filho. 

Convidamos a pediatra Dra. Maria Bahia, formada pela Escola Bahiana de Medicina, para compartilhar conosco em uma série de artigos dicas e respostas para as perguntas mais comuns sobre desenvolvimento do bebê. 

Nosso objetivo é te ajudar a entender melhor as necessidades do seu bebê, garantindo que você tenha conhecimento e segurança a cada etapa da vida dele. 

 

1- Será que meu filho está mesmo comendo o suficiente ou eu estou exagerando?

É natural que os pais se preocupem com a alimentação dos filhos, mas é importante observar alguns sinais para avaliar se a quantidade de comida oferecida ao bebê está adequada. Preste atenção no comportamento da criança durante as refeições, como se ela demonstra saciedade, recusando a oferta do alimento ou continua irritada com fome. Também é importante verificar o peso e o crescimento da criança, pois isso pode indicar se ela está recebendo os nutrientes necessários e está bem nutrida. Caso tenha dúvidas, consulte um pediatra para avaliar a situação nutricional do seu filho de forma mais precisa.

 

2- A cólica do meu bebê é normal ou pode ser algo mais sério?

As cólicas são muito comuns em bebês e geralmente não representam um sinal de algo mais grave. Elas geralmente ocorrem durante os primeiros 3 meses de vida do bebê e são causadas pela imaturidade do sistema digestivo. No entanto, se a dor parecer intensa, persistente, ou se o bebê estiver apresentando outros sintomas preocupantes, como diarréia, diminuição do apetite e/ou hipoatividade, é importante consultar um pediatra para descartar problemas mais sérios, como infecções, alergias alimentares ou doenças intestinais. É sempre melhor ter a opinião de um profissional de saúde para garantir a segurança e saúde do seu bebê.

 

3- Meu bebê não dorme: será insônia ou apenas uma fase?

É importante entender que os bebês passam por diferentes fases de sono ao longo do seu desenvolvimento e é comum enfrentar dificuldades para dormir em determinados momentos. Por isso, é possível que a dificuldade do seu bebê em dormir seja apenas uma fase passageira.

No entanto, se essa dificuldade persistir por um longo período de tempo e estiver impactando negativamente o sono do bebê e da família, é importante procurar orientação de um médico pediatra ou de um especialista em sono infantil. Eles podem avaliar a criança e ajudar a identificar se há algum problema de saúde subjacente, como refluxo gastroesofágico, apneia do sono, alergias, cólicas, entre outros.

Além disso, é importante estabelecer uma rotina de sono, chamada também de higiene do sono, com dicas como (1) garantir que o bebê esteja confortável e tranquilo na hora de dormir, (2) criar um ambiente propício para o sono e evitar estimulantes antes de dormir, como telas de dispositivos eletrônicos. Com paciência e persistência, é possível ajudar o bebê a desenvolver hábitos saudáveis de sono.

bebê sem mostrar o rosto deitado numa cama
Foto de Kendra Wesley na Unsplash

4- Quando a febre é perigosa e merece correr para o pronto-socorro?

A febre é considerada alta quando atinge níveis muito altos, acima de 38,5°C, especialmente em bebês menores de 3 meses, crianças imunodeprimidas ou que apresentam outros sintomas graves, como falta de ar, convulsões, rigidez no pescoço, erupções cutâneas graves, dor abdominal intensa, vômito persistente, confusão mental, entre outros.

Se a febre estiver associada a outros sinais de alarme, é recomendável procurar o pronto-socorro para uma avaliação médica imediata. É importante não ignorar sinais de gravidade, pois a febre alta pode ser indicativa de uma infecção grave ou de outras condições médicas que requerem tratamento emergencial. Sempre que houver dúvidas ou temores, é melhor buscar orientação profissional.

 

5- Meu filho ainda não fala: é atraso no desenvolvimento ou só preguiça?

É importante observar que o desenvolvimento da linguagem varia de criança para criança, portanto, algumas crianças podem começar a falar mais tarde do que outras e isso não necessariamente indica um problema. No entanto, é sempre importante monitorar o desenvolvimento da linguagem do seu filho e buscar aconselhamento de um profissional da saúde, como um fonoaudiólogo e/ou neuropediatra, se você estiver preocupado com o atraso na fala do seu filho. Os profissionais de saúde podem avaliar se existe algum problema subjacente ou se é apenas uma questão de tempo até que seu filho comece a falar. Não é correto atribuir preguiça a uma criança que ainda não fala, pois a comunicação através da linguagem é um processo complexo que envolve diversos aspectos do desenvolvimento infantil.

 

Aqui no My Baby Care a gente sabe bem que o desenvolvimento do bebê é um processo cheio de dúvidas e bastante emocionante para todas as famílias. No entanto, com a orientação certa você vai passar por esses momentos com bastante confiança. 

Até o próximo artigo.

Entrevistada

Dra. Maria Bahia, formada pela Escola Bahiana de Medicina, é referência na área de Pediatria Geral e Nefrologia Pediátrica. E oferece atendimento humanizado para crianças e adolescentes em Salvador, Bahia. 

Escrito por

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto. @flaviaoliveiragalleti

Saúde bucal infantil: a Dra. Andrea Chagas responde

Cada bebê tem seu próprio tempo para começar a nascer os dentinhos e muitos mitos cercam a odontopediatria, como cáries em bebês, uso de chupeta, o uso de fio dental, entre outros. 

E sabemos que é fundamental a participação dos pais nos cuidados da saúde bucal dos bebês e das crianças, com a finalize de estimular os pequenos hábitos de higienização bucal, prevenindo doenças como cáries.  

Por este motivo, convidamos a odontopediatra Dra. Andrea Chagas, odontopediatra pela ABO/SE, para desmistificar alguns desses mitos. 

 

1- Dentes de leite não precisam de tantos cuidados porque vão cair:

Os dentes de leite possuem polpa dentária igual aos dentes permanentes e se não cuidar e ficarem cariados farão a criança sentir dor e desconforto. Você saber direitinho como fazer a escovação do seu filho aqui.  

 

2- Apenas açúcar pode causar cáries.

Infelizmente a lesão de cárie é uma doença multifatorial que envolve a presença do dente, de bactérias, açúcares e de uma escovação deficiente.

 

3- Crianças não precisam usar fio dental.

Todas as crianças precisam usar fio dental, principalmente nas dentições sem diastemas (que são os espaços entre os dentes). 

 

4- Crianças não precisam visitar o dentista antes de perderem os dentes de leite.

O ideal é que a primeira visita ao dentista aconteça quando o primeiro dente de leite começar a erupção. 

 

5- Se os pais têm dentes saudáveis, as crianças também terão.

Infelizmente não. A doença cárie pode acontecer se tiver uma alta frequência de alimentos com açúcar e uma escovação deficiente. 

figura colorida de muitos dentes e um provavelmente com carie
Foto de A.Rahmat MN na Unsplash

 

6- A escovação dos dentes do bebê pode ser feita apenas uma vez ao dia.

O ideal é que o bebê tenha no mínimo duas escovações bem feitas por dia. 

 

7- Bebê não pode usar flúor 

A partir do primeiro dente já se recomenda pasta de dente com flúor para o bebê, respeitando a quantidade recomendada pelo odontopediatra da criança. Lembrando que o excesso de flúor durante a formação dos dentes, pode acarretar a fluorose infantil. Então, mais uma vez, respeite a quantidade recomendada. 

 

8- Enxaguantes bucais são desnecessários para crianças.

A real necessidade é de fio dental, escova de dente infantil e pasta de dente fluoretada. 

 

9- Dores enquanto os dentes estão nascendo 

Sim, é comum o bebê apresentar um desconforto sim na erupção dos dentes. Assim como um aumento na irritação (coceira) da região. 

 

10- Chupeta e mamadeira realmente deixam os dentes tortos.

Tanto chupeta quanto a mamadeira promovem alteração da arcada dentária. A gravidade dessa alteração dependerá da intensidade e duração do uso. O ideal é não oferecer, mas se ofereceu, retirar até os três anos. 

 

11- Chupar os dedos entorta os dentes. 

Verdade. A sucção digital exerce uma força excessiva na bateria anterior dos dentes, podendo ter alteração da posição dos mesmos e alteração no formato do palato. 

 

12- O nascimento dos dentes faz o bebê babar mais

Verdade. Há um aumento da salivação associado ao nascimento dos dentes do bebê.

 

Conclusão 

Logo, concluímos que a saúde bucal precisa de atenção especial durante toda a infância, porque, além de ser uma fase crucial para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, é capaz de promover a educação odontológica que vai acontecer durante toda uma vida. 

Entrevistada

Dra Andrea Chagas é formada pela Universidade Federal de Sergipe desde 2007.É Odontopediatra pela ABO/SE e
habilitada em Laserterapia pelo IGA/SE. @dra.andreachagas

Escrito por

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto. @flaviaoliveiragalleti

Viagens com crianças: como ajudam no desenvolvimento infantil

Na minha infância, eu sempre viajei, mas nunca fiz uma viagem para longas distâncias e diferentes culturas até os meus 20 anos. E depois que comecei a viajar, nunca mais parei.  Pois comecei a sentir o quanto as experiências com viagens estavam moldando a minha personalidade.

A partir desse momento, decidi que, quando tivesse filhos, as viagens seriam um dos pilares do desenvolvimento deles. E assim tem sido.

Viajando na primeira infância 

Até aqui, com Mia de 5 anos e Andrea de 2, ambos na primeira infância — fase crucial para o desenvolvimento da comunicação e da curiosidade sobre o mundo — percebo como as viagens são uma ferramenta poderosa para o aprendizado infantil. É fato que crianças se beneficiam significativamente ao conhecer novos lugares, culturas e idiomas. O segredo está em transformar cada experiência de viagem em algo divertido, interativo e lúdico, potencializando ainda mais o desenvolvimento das crianças.

No entanto, você se perguntar: como crianças na primeira infância, seus filhos se lembrarão do que viveram nessas viagens? Talvez não recordem todos os detalhes quando forem mais velhas, mas cada experiência vivida deixa marcas importantes e contribui diretamente para o desenvolvimento infantil.

 

Vejam os motivos a seguir:

1- Diversidade cultural 

Cerque seus filhos, na primeira infância, com pessoas que são diferentes deles e a consequência será que a visão sobre as distinções será natural, desenvolvendo a empatia e o respeito pelo próximo. E, futuramente, rejeitando atitudes preconceituosas, tornando a sociedade mais inclusiva.

2- Linguagem 

Os bebês, a partir dos seis meses, já captam sons e começam a tentar se comunicar. Então, se forem expostos a sons diversificados, até em relação aos idiomas, isso trará um desenvolvimento a mais na comunicação deles e mais tarde na linguagem.

Já as crianças um pouco mais velhas, quando viajam, acabam interagindo com pessoas diferentes e, muitas vezes, com outras falantes que têm sotaques ou idiomas diferentes, o que enriquece o desenvolvimento linguístico. 

3- Frustrações 

Quem já viajou e não teve nenhum perrengue, que atire a primeira pedra. Seja uma mala extraviada, um carro que para na estrada, dias e dias de muita chuva atrapalhando toda a programação.

As viagens são cheias de imprevistos, exatamente como a vida. Sendo uma ótima oportunidade de ensinar sobre frustrações e controle de expectativa, mostrando que nem sempre as coisas saem como planejamos. E essa é a forma de ensinar sobre frustrações de maneira lúdica e leve.

 

4- Autonomia 

Você já viu aquela criança pequenina levando a própria mala no aeroporto? É sobre isso. Com o hábito de viajar, as crianças aprendem a ter autonomia em várias situações e saberão os procedimentos dos aeroportos, como raio-x, imigração/ passaporte, entrada no avião, o cinto de segurança.

Uma dica é deixar a sua criança fazer a pequena mala dela (de preferência uma que ela possa carregar sozinha) com o que ela quer levar, como livros, brinquedos, canetas.

As crianças aprendem observando nossos exemplos, e a autonomia que desenvolvem durante as viagens contribui para formar cidadãos mais práticos, confiantes e independentes para o futuro. O uso do AirTag pode te tranquilizar sobre a autonomia da sua criança.

Menina pequena com laço laranja no aeroporto
Mia em uma das nossas viagens

5- Conexão 

Com a correria do dia-a dia, os pais no trabalho e as crianças em suas atividades, muitas vezes ficamos com a família incompleta em grande parte do dia.

As viagens são ótimas oportunidades para a família estar junta 24 horas do dia, todos os dias e sem muita pressão de horário.

Assim, a conexão e a intimidade ficarão cada vez mais fortes. E com as crianças emocionalmente saudáveis e preenchidas de amor, é possível que esses fatores reflitam no desempenho escolar. 

6- Orçamentos 

Quem nunca tentou acalmar o filho numa birra porque queria algo? É muito provável que isso aconteça em uma viagem, porque o tempo todo somos expostos a mais estímulos de comida, produtos e lazer. 

Uma boa ideia é dar para cada integrante da família um orçamento, valor diário que pode gastar. E esse é um ótimo momento para exercitar a administração do dinheiro.

Dessa forma, será mais fácil entenderem o momento certo de gastar cada quantia, o que aperfeiçoa o autocontrole e a tomada de decisão. 

Desafios e planejamento

Os desafios de viajar com criança realmente são imensos. No entanto, com planejamento e flexibilidade, é possível ser uma experiência enriquecedora. Confira as dicas finais:

  • Lembre-se de reunir todas as documentações, remédios e listas de objetos que não podem ser esquecidos. 
  • Considere as necessidades específicas dos seus filhos,
  • Procure, ao máximo, manter uma rotina parecida com a que se tem em casa
  • Planeje atividades divertidas.

Tenho certeza que vocês terão momentos memoráveis juntos! 

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Cinque Terre com crianças: como aproveitar a experiência

Estávamos passando uma temporada na Itália para resolver burocracias da cidadania e, em meio a tudo isso, resolvemos fazer a nossa última viagem juntas antes do irmão mais novo nascer. Viagem que acabou durando quase um mês. 

E em uma série diversificada de artigos sobre destinos italianos, vou fazer você acreditar que a Itália pode ser um destino maravilhoso de férias para você e sua família. Com a vantagem de as viagens serem uma ferramenta incrível para o aprendizado e desenvolvimento das nossas crianças. 

Lembrando que você pode deixar sua viagem com crianças mais tranquila com o uso do AirTag

O que são as Cinqueterre?

As Cinque Terre, patrimônio mundial da UNESCO, são conhecidas mundialmente por suas paisagens naturais. Nas quais as vilas centenárias se misturam com as paisagens do mar, na costa da Riviera italiana, formando uma arquitetura única.

Além de uma gastronomia deliciosa, com pratos típicos italianos. Se tornam um lugar perfeito para criar memórias inesquecíveis para toda família. 

vista de cima das cinqueterre
Foto de Kaspars Upmanis na Unsplash

 

1- Acomodação (La Spezia)

La Spezia foi nosso ponto de partida e de apoio para conhecer as Cinqueterre, além de termos escolhido nos acomodarmos nesse lugar para maior conforto.

Chegamos durante a noite e fomos passear pela cidade. Como naquela altura da viagem ainda estávamos com a família, pegamos uma acomodação próxima ao centro da cidade. 

No dia seguinte, fomos conhecer as famosas Cinqueterre, que são as cinco cidades localizadas na região da Ligúria, na Itália. Essas cidades são Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. 

2- Melhor época

A melhor época para visitar Cinqueterre dependerá da idade das crianças. No nosso caso, como era inverno, o foco da viagem foi conhecer os vilarejos que são super charmosos e têm muitas lojas e restaurantes.

Fizemos várias caminhadas e exploramos as cidades de uma forma bem tranquila, mas sempre adaptando às necessidades de Mia.  

Lembre-se de que, antes de viajar, verificar as condições climáticas e planejar as atividades de acordo. E para evitar conflitos e expectativas: adapte seus planos pessoais às necessidades das crianças.  

 

3- Mobilidade 

A distância entre La Spezia e a primeira das CinqueTerre, Manarola, de trem é de aproximadamente 10km. Se você decidir ir pela estrada é de 27,1km. Mas na nossa viagem fomos de trem que na nossa opinião é a forma mais econômica e rápida de fazer o trajeto de La Spezia até as Cinqueterre.

Neste mesmo trem, dá para ir parando e descendo em cada uma das cidades escolhidas e ir conhecendo e seguindo para a próxima, caso seja um passeio de um dia. O valor do trem para Cinque Terre varia de acordo com a época do ano e o tipo de passagem. 

Fomos em fevereiro, então pagamos para cada adulto €17 e Mia, como tinha 3 anos na época, não pagou a passagem. E uma passagem de trem simples entre duas cidades custa cerca de 3€.

O Cinque Terre Card, inclui transporte ilimitado de trem entre La Spezia e as cidades das Cinque Terre, além de acesso às trilhas do Parque Nacional Cinque Terre.

Lembre de comprar os tickets do com antecedência para evitar problemas.

criança dentro de um trem olhando para o lado
Mia aproveitando a viagem de trem. Veja que maravilha esse espaço para colocar o carrinho!

4- Conforto

Não podemos negar que as Cinque Terre são encantadoras, mas é sempre importante pensar em alguns aspectos para garantir o conforto na viagem. 

Como é um passeio que normalmente dura um dia inteiro, lembre de levar o carrinho (neste artigo, você consegue conferir nossa lista dos melhores carrinhos) alguns snacks, bebida e sempre que puder parar para um famoso gelato italiano. 

E, no específico vilarejo Monterosso Al Mare, existe um super playground, onde a criança pode brincar. Não fomos no vilarejo de Corniglia, porque após chegar de trem é necessário subir 365 degraus para chegar na cidade. 

menina no balanço em um parquinho
Mia brincando no playground de Monterosso Al Mare

5- Alimentação

Passamos o dia tomando gelato e comendo alguns snacks, mas paramos para uma refeição na Riomaggiore, no restaurante Il Porticciolo, onde pedimos uma pasta com frutos-do-mar, que custou 42€.

No restaurante, eles também servem ótimas opções para as crianças como pizzas, frutos-do-mar, saladas. E o preço varia conforme o tipo de prato e de ingredientes escolhidos. 

um spaghetti com camarão em um prato e uns talheres
A pasta escolhida por nós

Conclusão 

Com planejamento e preparação, este pode ser sim um destino inesquecível para toda família, onde suas crianças terão maravilhosas memórias na região litorânea da Itália.

Lembre-se de:

  • Escolher um bom ponto de acomodação e de planejar as atividades adequadas para as crianças segundo a idade delas. 
  • Ser flexível e procurar não criar altas expectativas também é importante quando se trata de viajar com crianças.
  • E, por fim, não se preocupe em fazer tudo perfeito.

Pois o que sua criança mais vai lembrar é de quem dividiu esses momentos especiais com ela e do quão presente e praticando a atenção plena você estava.

Buon Viaggio! 

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.

Benefícios da yoga para crianças com Silvia Perez

A Yoga para adultos tem diversas vantagens já conhecidas, como melhorar a concentração, nos trazer para o momento presente, reduzir o estresse e controlar a ansiedade. Sendo então um ótimo exercício para o corpo, desenvolvendo força e flexibilidade. Além disso, os últimos estudos também apontam que a yoga é eficaz no controle do tdah em crianças.

Na entrevista de hoje, vamos descobrir os benefícios da yoga para o desenvolvimento físico e emocional das crianças e como podemos incentiva-las à prática. 

 

Para isto, convidamos Silvia Perez, certificada pela Cosmic Kids Yoga e Rainbow Kids Yoga, fundadora da Aloha Happy Kids, em Malta, que por meio de práticas holísticas, yoga e um profundo respeito pela natureza, guia crianças a crescerem com gentileza, confiança e um senso de admiração, capacitando-as a brilhar intensamente em tudo o que fazem.

Qual é a sua experiência ensinando yoga para crianças?

Desde 2018, quando vivenciei uma transformação pessoal em Bali, o yoga se tornou parte da minha vida e do meu propósito. Tive a alegria de ensinar em diversos ambientes, desde programas extracurriculares a creches e sessões de yoga em família. Cada espaço é único e adoro criar ambientes onde crianças e famílias se sintam seguras, alegres e apoiadas. Cada criança que conheço traz algo especial, e ensiná-las é um presente que guardo no coração.

Qual é a sua abordagem para ensinar yoga para crianças?

Minha abordagem se baseia na educação holística, na criatividade e no amor. Acredito que yoga para crianças deve ser repleto de amor, imaginação e alegria. Cada aula é como uma pequena aventura onde nos conectamos com nossos corpos, exploramos nossas emoções e nos sentimos seguros sendo nós mesmos. Eu combino contação de histórias, músicas, movimento e atenção plena para criar um espaço onde as crianças se sintam livres, apoiadas e celebradas por quem são.

Como você adapta as aulas para diferentes idades e habilidades?

Adapto cada sessão à faixa etária e às necessidades individuais. Para crianças menores, utilizo mais contação de histórias, música e dicas visuais, enquanto as maiores se beneficiam de uma exploração emocional mais profunda, exercícios de respiração e atividades de construção de equilíbrio. Sempre ofereço opções e modificações para que cada criança se sinta incluída, apoiada e bem-sucedida.

Quais são os objetivos e benefícios das suas aulas de yoga para crianças?

Meu desejo mais profundo é que cada criança que frequenta a aula se sinta amada, segura e livre para ser exatamente quem é. Quero que eles saiam de cada sessão com um grande sorriso, o coração tranquilo e um pouco mais de confiança em si mesmos. A yoga é a minha maneira de plantar sementes de amor, respeito e gentileza, sementes que espero que cresçam com eles ao longo da vida. Não se trata de posturas perfeitas; trata-se de ajudá-los a se sentirem fortes por dentro, conectados às suas emoções e conscientes do belo mundo ao seu redor.

Como você mantém as crianças engajadas e motivadas durante as aulas?

Criamos experiências mágicas juntas! Eu uso música, personagens, temas, histórias da natureza e canções que despertam a imaginação delas, especialmente com crianças menores. A música ajuda a tornar a sessão lúdica e rítmica, mas também trago acessórios, desenhos e muitos outros recursos para mantê-las totalmente engajadas. Mas o mais importante é que eu as ouço. Quando as crianças se sentem vistas e ouvidas, elas naturalmente querem participar com alegria e curiosidade.

Como você garante a segurança das crianças durante as aulas?

Eu mantenho um ambiente calmo e estruturado, mantenho as turmas pequenas e dou orientações claras para cada atividade. Também observo cada criança cuidadosamente para garantir que estejam praticando com segurança e confiança.

Quais precauções você toma para prevenir lesões?

Eu sempre começo com aquecimentos e oriento as crianças a ouvirem seus próprios corpos. Ofereço demonstrações físicas, ensino o alinhamento correto de forma simples e evito forçar qualquer postura. A brincadeira é importante, mas a segurança sempre vem em primeiro lugar.

Você tem experiência trabalhando com crianças com necessidades especiais? Há aulas especiais para essas crianças?

Embora eu não tenha uma certificação específica em yoga para crianças com necessidades especiais, minhas aulas são sempre inclusivas e abertas a todos. Crio um ambiente acolhedor e acolhedor, onde cada criança é incentivada a participar em seu próprio ritmo. Estou atenta às necessidades de cada criança e feliz em adaptar as atividades para garantir que elas se sintam seguras, respeitadas e incluídas. Se uma criança precisar de um apoio mais personalizado, recomendo trabalhar com um especialista certificado.

Quais são os benefícios da yoga para crianças, na sua experiência?

Já vi tantas transformações lindas em crianças através da yoga. Vi crianças tímidas se abrirem e se expressarem, crianças cheias de energia aprenderem a parar e respirar, e pequenos corações ansiosos encontrarem a calma. A yoga lhes dá mais do que flexibilidade ou equilíbrio; ela lhes dá ferramentas para entender suas emoções, sentir orgulho de seus corpos e se conectar com os outros de forma gentil e respeitosa. Para mim, trata-se de plantar pequenas sementes de amor, confiança e consciência que podem crescer com elas ao longo da vida.

menina em posição de yoga
Foto de Kajetan Sumila na Unsplash

Como a yoga pode ajudar as crianças a lidar com o estresse e a ansiedade?

A yoga tem sido uma ferramenta maravilhosa para ajudar as crianças a encontrar a calma em momentos de estresse. Já vi fazer maravilhas. Exercícios respiratórios simples e movimentos suaves podem ajudá-las a desacelerar e se reconectar com a respiração quando as emoções parecem avassaladoras. É como dar a elas um pequeno botão de pausa para reiniciar. Adoro ver o momento em que uma criança percebe que pode respirar fundo e se sentir melhor, ou quando ela vem até mim e diz: “Usei minha respiração quando estava nervosa hoje!” Fico muito feliz em saber que eles estão aprendendo a navegar pelo mundo com mais paz, uma respiração de cada vez.

Você tem exemplos de como a yoga pode melhorar a concentração e o foco das crianças?

Com certeza! Já ouvi muitas mães falarem sobre como a yoga ajudou seus filhos. Fico muito feliz quando os pais compartilham essas histórias. Por exemplo, uma das coisas mais doces que ouvi de uma mãe foi como sua filha começou a ensiná-la a se acalmar usando técnicas de respiração que aprenderam na aula de yoga. A criança a lembrava de respirar fundo quando as coisas pareciam estressantes, e foi um momento lindo de ciclo completo. É incrível como as ferramentas que compartilhamos em sala de aula não apenas ajudam as crianças a se concentrar, mas também as capacitam a compartilhar essas ferramentas com outras pessoas. Yoga não se trata apenas do que fazemos em sala de aula; trata-se de como essas ferramentas ajudam as crianças a navegar pelo dia com mais presença e calma. Ver as crianças aplicarem o que aprenderam no dia a dia é realmente mágico.

Como você continua a desenvolver e aprimorar suas habilidades como professora de yoga infantil?

Estou sempre aprendendo por meio de livros, workshops, cursos e, acima de tudo, com as próprias crianças. Reflito sobre cada sessão, me conecto com outros educadores e deixo a natureza, a criatividade e o amor me guiarem. Cada sorriso, cada pergunta, cada momento com uma criança me ajuda a crescer.

Em conclusão, a yoga é uma super prática para crianças, inclusive crianças com tdah, pois ajuda a desenvolver a coordenação motora, concentração e trazê-las ao momento presente. Adicionalmente, deixando-as mais relaxadas e calmas. E com a yoga sendo praticada regularmente, elas conseguem desenvolver variadas habilidades super importantes para a vida, como disciplina, capacidade de lidar com problemas, autoconfiança… 

Depois de tantos benefícios, que tal começar a praticar yoga com seu filho(a)?



Entrevistada

Silvia Perez é fundadora do Aloha Happy Kids. Nascida em Barcelona e agora morando em Malta, sempre achou que a educação deveria ser mais do que apenas conhecimento, mas sim uma nutrição da criança por inteiro. Por meio de práticas holísticas, yoga e um profundo respeito pela natureza, guia as crianças a crescerem com gentileza, confiança e um senso de maravilha.

Escrito por

Flávia Oliveira

Jornalista e Relações Públicas, formada em Mediadora de Conflitos, pelo Instituto Federal de Brasília, através da Tertúlia Literária Dialógica. Mãe de dois: Mia e Andrea, vivendo em Malta e sempre com uma passagem para o próximo destino a ser descoberto.